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sábado, 10 de abril de 2010

Norte-americanos nas SS


No início dos anos 40, o pastor protestante e comunicador americano “Father” Charles Coughlin comandava um programa de rádio muito popular na rádio CBS de Detroit. Admirador confesso do nazi-fascismo, Father Coughlin era também popular entre os isolacionistas (adeptos da não participação americana na guerra) e entre alguns Republicanos, entre os quais Prescott Bush, avô do atual presidente americano. Em seus programas, racionalizava as brutalidades do nazismo e lia os discursos de Joseph Goebbels. Na sua revista, Social Justice, Coughlin fazia declarações como essa: "O Eixo Roma-Berlim está servindo a Cristandade de uma maneira peculiarmente importante”.


Foto: Martin James Monti

Um dos principais propagandistas de Coughlin foi Martin James Monti, nascido em 1910 em Saint Louis de pai italo-suiço e mãe alemã. Como muitos simpatizantes nazistas, ele se alistou no U.S. Army. Serviu no U.S. Army Air Corps, esperando obter informações para o Eixo. Em 1944, servindo na Índia, conseguiu uma transferência para a Itália (ou ficou AWOL, ausente sem permissão, segundo outras fontes). De qualquer modo, tendo viajado de Karachi á Nápoles, via Cairo e Trípoli, em 13 de Outubro de 1944, roubou uma aeronave F-4 ou F-5 (a versão de reconhecimento fotográfico do caça Lightning P-38) da base aérea próxima a Nápoles, voando para a base alemã em Milão. Lá ele se rendeu, ou melhor, desertou, para os alemães, dizendo que Father Coughlin tinha pessoalmente inspirado a missão.

Transferido para Berlim, ele começou a transmitir em ondas curtas, para tropas e civis americanos um programa em inglês intitulado "The Round Table Conference" (A Conferência da Távola Redonda). Freqüentemente mencionando Coughlin como seu guia e inspirador, ele repetia material das páginas de Social Justice, dizendo que a Rússia, não a Alemanha, é que era o real inimigo da America a ser esmagado; que os Judeus haviam instigado a Segunda Guerra Mundial; que os GI's estavam sendo recrutados pelos Soviéticos como agentes. Na primavera de 1945, Monti foi recompensado por seus serviçoss ao Reich com o posto de SS-Untersturmführer das Waffen-SS no SS-Standarte Kurt Eggers.

No final da guerra, ele rumou para o sul da Itália onde se rendeu ás forces americanas (ainda vestido com o uniforme das SS) clamando que os partisans o haviam forçado a usar o uniforme! Levado à Corte Marcial depois da queda da Alemanha foi acusado por deserção e roubo de propriedade federal. Seus crimes eram puníveis com a pena de morte, porém, foi condenado à 15 anos de trabalhos forçados, sentença que foi logo suspensa. Monti se re-alistou no U.S. Air Corps, servindo como praça em Mitchell Field, Long Island, tendo sido promovido a sargento em 1946! A Guerra Fria era iminente, e simpatizantes do Nazismo estavam sendo recrutados, perdoados e encorajados! Em 1948 foi expulso da agora USAF e preso pelo FBI. Em Janeiro de 1948 Monti foi julgado na Corte Federal de Brooklyn por traição, roubo de propriedade federal e por servir como agente á uma nação inimiga. Sentenciado a 25 anos de prisão e multa de US$ 25.000, foi posto em liberdade condicional somente em 1960. Seu fim permanece desconhecido.

O SS-Standarte Kurt Eggers, unidade jornalística das Waffen-SS, foi formado em Janeiro de 1940 com o nome de SS-Kriegsberichter-Kompanie. Seu pessoal cobriu as 4 unidades das Waffen-SS que lutaram no ocidente em 1940 e nos Balcãs em 1941. Reformada como SS-Kriegsberichter-Abteilung em Agosto de 1941, quando as Waffen-SS expandiram-se e os kriegsberichter (correspondents de guerra) passaram a ter mais unidades para cobrir. Novamente expandida em Dezembro de 1943 como SS-Standarte Kurt Eggers, nome dado em memória do editor da revista oficiai das SS, “Das Schwarze Korps”, morto em ação perto de Kharkov em 13 de agosto de 1943, cobrindo a SS Panzer Division Wiking.

Os soldados do SS-Standarte Kurt Eggers eram todos voluntários, profissionais em jornalismo e idiomas estrangeiros. Recebiam treinamento na Berlin-Zehlendorf em Berlin e em seguida eram designados para cobrir uma unidade específica.

Sentenciado a 25 anos de prisão e multa de US$ 25.000

A Kurt Eggers incluía em seu staff vários voluntários estrangeiros, normalmente designados para cobrir a Unidade SS de sua nacionalidade. Se não existisse uma (caso dos inúmeros voluntários suecos...), eram designados para uma das unidades regulares das Waffen-SS. Pelo menos dois americanos (além de Monti, Peter Delaney) serviram nela, assim como vários britânicos (Railton Freeman, Dennis John Leister e Francis Paul Matton) e um neozelândes (Roy Nicholas Courlander).



http://www.frontpagemag.com/
home.att.net/~m.standridge/index.html#h1

2 comentários:

  1. Os Soldados Judeus de Hitler

    O tempo passa e mais e mais estudos trazem novas facetas a respeito da história do Holocausto e do Terceiro Reich. O historiador estadunidense, Bryan Mark Rigg, num estudo que rendeu o livro: Os Soldados Judeus de Hitler – Hitler’s Jewish Soldiers – traz a tona uma realidade espantosa: Mais de 100 mil militares de origem judaica, ou seja, mestiços, combateram nas fileiras do exército alemão.

    Ler o resto AQUI

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  2. Eis algo que mal sabia...soldados da Waffen SS americanos.

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