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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Atrocidades cometidas pelos russos e pelo Leibstandarte SS

"Como um monstro pré-histórico preso numa rede, o Exercito Vermelho esforçava-se desesperadamente e com efeito cada vez maior à medida que os reflexos ativavam as partes mais distantes do seu corpo".

Soldados do Kampfgruppe Hansen
(1st SS-Panzer-Division LSSAH)
Parte desse efeito cada vez maior foi demonstrada pelo abandono das convenções de guerra -  pratica particularmente observável em qualquer frente onde o "Leibstandarte" estava empenhado em combate. Talvez os informes sobre a ferocidade dos homens das SS (pois todos os regimentos SS tinham recebido algo da reputação do "Leibstandarte") tivessem determinado isso. Fosse qual fosse a razão, a verdade é que os russos procediam como se tivessem também o seu Himmler ideológico que lhes dissera, tal como aquele disse às SS, que ali estava um inimigo que, de tão desprezível, podia ser "fuzilado sem piedade e compaixão". Prisioneiros alemães eram levados para prédios que em seguida eram incendiados, ou metralhados contra as paredes de um galpão, como os Norfolks massacrados em Le Paradis, ou esquartejados como os lendários judeus de Bzura. A bandeira branca de rendição não era passaporte para a segurança. Em Goryk, uma cidade fortificada como parte da "Linha Stalin", um dos comandantes de companhia de Meyer, Gottlob Zipfel, recebeu ordens de fazer represálias contra os que a defendiam. Pouco antes, num ponto mais abaixo, no mesmo setor, em Slucz, havia-se verificado uma batalha rápida e uma tropa de cavalaria alemã fora isolada do seu regimento. Seus homens adotaram atitude mais realista do que os soldados da Pomorska polonesa, e não fizeram ataques quixotescos aos blindados que os combatiam. Eles sabiam quando estavam derrotados. O líder da tropa tomou de um lençol branco que utilizava para forrar sua cama de campanha e o exibiu como bandeira de rendição. Depois de terem sido tratados com enganadora civilidade, foram decapitados quando o conflito chegou a Goryk, e suas cabeças empaladas nas pontas de ferro da cidadela, à verdadeira moda medieval. Os cavalos que montavam foram esquartejados vivos, sendo suas entranhas, embrulhadas na bandeira de rendição, jogadas no caminho dos alemães. "Nada poderia ter testemunhado de maneira mais forte  a sua qualidade subumana (Untermensch)", disse Meyer. A represália de Zipfel foi expulsar 200 civis dos aposentos da guarnição com bombas de fumaça e depois leva-los a um pequeno chalé ensopado de gasolina. ("O chalé era diminuto e tivemos de empurra-los para dentro como pés em sapatos apertados. Dava para ouvir os ossos estalando."). As janelas e a porta foram barricadas e uma granada de mão foi lançada pela chaminé. A explosão e o fogaréu "foram espetaculares e o fedor de carne russa assando era muito satisfatório", informou Zipfel.

 Houve muitas dessas atrocidades, como todos os Aliados relataram com veemencia nos julgamentos em Nuremberg, nos quais a organização SS foi acusada de assassinato, como o "Leibstandarte" sendo direta ou indiretamente  envolvido em nada menos que 31 acusações especificas. Mas os acusados alegavam "represália" como explicação e, alias, como justificativa. Naturalmente, nunca se pode decidir sobre quem desfechou o primeiro golpe. Dietrich ordenou sem hesitação o fuzilamento de 4000 prisioneiros russos durante a batalha de Tagarong, quando os cadáveres de seis membros de "Leibstandarte" que, segundos civis soviéticos, tinham sido surrados e esquartejados até morrer sob machados e pás pela policia secreta russa, foram encontrados num pátio.  Dietrich tambem não hesitou em fuzilar um pelotãode infantaria SS que havia mostrado sinais de covardia quando participava da grande batalha da curva do Dnieper. Eles não eram homens do "Leibstandarte": faziam parte de uma batalhão SS recrutado com base na ordem de Himmler permitindo o influxo de sangue estrangeiro para que o fornecimento de homens à Wermacht não fosse prejudicado. "Eles eram letões, romenos e ralé semelhante, e tinham recuado da frente aos berros de 'Os tanques russos estão chegando!'. Que valor tinham tais homens? A gente os fuzilava instantaneamente e jogava seus corpos no rio." Piedade e compaixão estavam fora dos termos de referencia de Dietrich. Assim é que ele também não demonstrou qualquer remorso ao mandar um bando de Schrecklichkeit (terror) do "Leibstandarte" espancar até a morte 200 feridos num hospital de Kharkov, antes de incendiar o prédio. Nesse hediondo, os atacantes usaram os cintos do "Leibstandarte", cujas fivelas exibiam o lema "Minha honra chama-se fidelidade" (Meine Ehre heisst Treue). Um deles disse em Nuremberg que "Não pareceu ignominioso. Era uma ordem e era pelo Fuhrer e pelo Reich. Não nos teriam mandado fazer aquilo se não fosse necessário".

Não é de se espantar que a "temida e terrível arma do "Leibstandarte", sua reputação(frase de Himmler), o precedesse em cada batalha.

Transcrição por: Daniel Moratori  - avidanofront.blogspot.com
Fonte: WIKES, Alan - A guarda de Hitler - SS Leibstandarte - Ed. Renes; pg.125-128

7 comentários:

  1. Sobre o documentário que citei no outro post, achei o nome, é esse aqui:
    BBC - War of the Century

    Custou pra achar na rede pois estavam apagando os arquivos e quando eu estava baixando todos foram apagados, rsrsrs. Pra achar os quatro episódios(só são quatro), pra ficar padronizado com a mesma imagem, não foi fácil. Esse não é tão fácil de achar mas é um dos melhores que já vi e tem depoimentos dos veteranos que luteram na Rússia, dos dois lados, que relatam essas coisas do post. Aparece um veterano alemão bem lúcido que repudia as ações da época veementemente pelo esclarecimento que adquiriu no pós-guerra, narrando o que rolava, só que aparece outro que começa a rir descrevendo a ação de tiro a queima-roupa nos russos que corriam do local de combate como se estivessem atirando em "ratos". Choca o apego desse outro veterano ao fanatismo nazista e a crença de "superioridade"(que justifica esses assassinatos) mesmo décadas após o término do conflito.

    Do lado soviético aparece o comentário de um veterano condenando os estupros na Alemanha, mas reportando a mentalidade da época, e outro ucraniano(acho que era ucraniano) falando da tirania de Stalin mandando os caras lutarem na Finlândia até o fim mesmo com a surra que tomaram do frio e dos finlandeses. Esse documentário descreve bem a vilania e racismo do cabo genocida e a tirania do bigode psicótico da Georgia. Se alguém quer ver um vídeo imparcial sobre a invasão da Alemanha nazi à URSS(justamente sobre a Barbarossa), esse é o documentário.

    Ótima postagem.

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  2. Não conheço esse documentário, vou procurar na net, parece ser bem interessante.
    Documentário desse nível de relatos é dificílimo de achar.

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    1. gerson halbner....(ai roberto brigadão pelo tok do documentario foi sem duvida um dos melhores que já tive o praser de ver)

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  3. Esse otário que postou esse documentário deve ser nazista,por que não coloca algo sobre esses demônios nazistas,seu chucrute de merda.

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  4. Gilberto Lopes, o cara que postou o documentário é um dos maiores antinazistas no Brasil, você se enganou profundamente em seu comentário, foi uma gafe; o documentario feito por combatentes é muito interessante.
    O Roberto é um dos caras que mais traduz textos, reportagens e noticias para o conteúdo em língua portuguesa, e devo a ele e seu grupo(o qual tem um blog, que citarei no final) grande parte do meu conhecimento adquirido sobre "revisionismo" e negacionismo do Holocausto, além de material sobre a extrema-direita atual.


    Sugiro que visite o blog dele, e tome mais conhecimento da pessoa o qual chamou de nazista e se retrate:

    Holocausto-Doc - Documentação e História

    http://holocausto-doc.blogspot.com/

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  5. As atrocidades cometidas nos civis e mesmo nos soldados são claras demonstrações da natureza humana corrompida. Todo ser humano é essencial e potencialmente um predador cruel, sabiamente a única criatura que mata por prazer, nem sempre por questões de sobrevivência. O que impede as atirudes desumanas generalizadas, em certos aspectos, são as leis e certas doutrinas religiosas humanísticas, tais como o Cristianismo, o Budismo, o Bramanismo, o Espiritismo kardecista, dentre outras.

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    1. De fato, a única forma de domesticar o animal que é o homem são doutrinas usadas por líderes religiosos para controlar as massas. Ainda assim, há quem se aproveite disso tudo, criando mentes que julgam o próximo de maneira cruel, exercem intolerância, preconceito e incitação à violência.

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