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Heinrich Boere foi condenado por execuções durante
a Segunda Guerra Mundial |
O ex-oficial da SS Heinrich Boere faleceu aos 92 anos no hospital da penitenciária de Froendenberg, na Alemanha, onde cumpria pena de prisão perpétua por crimes realizados durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Sua morte foi registrada no último domingo (1º), por causas naturais, informaram autoridades locais.
O ex-oficial nazista foi condenado, no âmbito do julgamento de Aachen, pela morte de três civis holandeses — membros da resistência local — em 1944. Boere foi detido no ano seguinte, após a sentença ser confirmada.
Fonte:
DCI
Morre aos 92 anos ex-oficial nazista Boere, condenado à prisão perpétua
Berlim, 2 dez (EFE).- O ex-oficial da SS alemã Heinrich Boere morreu aos 92 anos no hospital da prisão de Fröndenberg (oeste do país), onde cumpria pena de prisão perpétua ditada em 2010 pelos assassinatos a sangue frio de membros da resistência holandesa durante o nazismo.
Fontes do Ministério da Justiça do estado federado da Renânia do Norte-Vestfália informaram nesta segunda-feira sobre a morte de réu, nascido em 1921 e que durante décadas teve uma existência sem sobressaltos, até que a Audiência de Aachen o processou por crimes de guerra. A justiça alemã o declarou culpado em 2010 pelos assassinatos de três civis, cometidos em 1944, e pelos quais tinha sido julgado e condenado à morte por um tribunal holandês após o fim da Segunda Guerra Mundial. Boere, que foi preso em 2011, morreu por causas naturais, disseram as citadas fontes.
O ex-membro das SS foi condenado já com 88 anos, após um julgamento tardio em que confessou ter assassinado três membros da resistência contra Hitler na Holanda ocupada. Com 61 anos de atraso em relação à primeira condenação em Amsterdã, o idoso ouviu a sentença sobre a cadeira de rodas em que acompanhou o julgamento. Boere foi, durante o nazismo, um dos 15 membros do comando "Feldmeijer" criado para assassinar membros da resistência e foi condenado pelas execuções provadas de três civis, nas cidades holandesas de Breda, Voorschoten e Wassenaar.
O réu tinha na época 22 anos, havia ingressado nas SS com 18, por "puro fanatismo e convicção", segundo sua própria declaração em seu julgamento. Após servir na frente do Leste dois anos foi destinado à Holanda - país de seu pai - onde recebeu esse comando. A incumbência dos membros do "Feldmeijer" era buscar em seus domicílios e matar a sangue frio civis suspeitos de pertencer à resistência antihitleriana. Seu método consistia em ficar na frente da porta da casa das vítimas, confirmar suas identidades e matá-las a tiros, estivessem ou não na presença de seus parentes.
Estima-se que Boerer tenha participado de 50 execuções, mas o processo se centrou nos três casos mencionados, onde os filhos de duas de suas vítimas moveram uma ação particular. Nascido em 1921 em Eschweiler (a 100 quilômetros da fronteira com a Holanda), Boerer foi preso pelos aliados antes do fim da Segunda Guerra Mundial e já nesses interrogatórios se declarou autor das mortes.
Em 1947, o criminoso fugiu de seu campo de prisioneiros, passou sete anos escondido na Holanda, coincidindo com o julgamento em que foi condenado à morte, sentença depois comutada por prisão perpétua.