segunda-feira, 20 de junho de 2016

Os primeiros americanos a entrar em Berlim, durante Batalha de Berlim,1945.


Os primeiros americanos a entrar em Berlim foram dois civis: John Groth, um artista e correspondente de guerra do American Legion Magazine, e Seymour Freidin, do Herald Tribune de Nova York. Tinham dado um jeito de chegar a Berlim sem a sanção de russos ou americanos; atrás deles vinha um jipe carregado de soldados fotógrafos do exército americano. Pouco depois do almoço, Freidin, que falava iídiche, convencera um capitão soviético a deixá-los avançar até o coração da cidade. Sob uma "mórbida chuva amarela", passaram pelo arrasado aeródromo de Tempelhof. grande edifício branco da administração estava negro de fumaça e dezenas de aviões avariados jaziam na pista esburacada. 

As paredes estavam riscadas com cal, mostrando slogans nazistas: "Heil Werwolf!" ou "Mit unseren Führer zum Sieg!" (Com nosso Führer para a vitória!). Aqui e ali propagandistas russos haviam replicado com dizeres nitidamente desenhados, e sempre os mesmos: "Hitlers vem e vão, mas o povo germânico e o Estado germânico permanecem. Stalin." 

Soldados russos tomam posição em frente de 
um prédio em chamas na Frankfurter Allee.
Berlim, m
aio de 1945.
Homens do Exército Vermelho ovacionavam os dois jipes que subiam a Berlinerstrasse e aproximavam-se de Blucherplatz, um depósito de tanques esmagados, "com corpos incendiados ainda pendendo deles". A praça estava juncada de equipamento alemão abandonado —meias, roupas de baixo, fuzis, bombas, minas. O cheiro de "mel sobre arenque" da morte pairava sobre todas as pilhas de destroços. 

Os jipes desviavam-se cuidadosamente das crateras, até chegar a Wilhelmstrasse. O clarão dos edifícios em chamas iluminava em silhuetas irregulares contra o céu as minas. A distância, podiam ouvir o troar da artilharia e mais perto, o matraquear de metralhadoras. 

A Wilhelmplatz parecia um queijo Roquefort. A esquerda, Groth viu paredes calcinadas, cobertas com monte de escombros - a Chancelaria do Reich. preso bem alto na parede leste, a cavaleiro das crateras da praça, estava um enorme retrato em preto-e-branco de Stalin. Uma tela a óleo, representando o Führer, pendia inclinada na parede sul. Bandeiras russas, vermelho vivo, mas parecendo púrpura escuro sob a chuva, brotavam por toda parte, nas ruínas.

Os americanos estacionaram os jipes e puseram-se a examinar as ruínas. Freidin procurou em torno da chancelaria, tentando achar o corpo de Hitler, mas seria preciso uma turma tratores trabalhando durante uma semana, para remover todo o entulho. 

Os americanos voltaram a.t seus jipes e desceram a Unter den Linden, um vasto cenário de ruínas cinzentas e fumegantes. Mais acima, homens do Exército Vermelho passavam em grande número pelo Portão de Brandenburg a fim de limpar os últimos redutos alemães em Tiergarten. A única nota alegre era uma fileira de estandartes escarlates flutuando sobre o Portão de Brandenburg. O carro da vitória, lá em cima, estava irreconhecivelmente retorcido, com três de seus quatro cavalos tombados. A esquerda, o hotel Adlon era um esqueleto, e uma grande bandeira da Cruz Vermelha flutuava de uma janela superior, dando à região seu único toque de branco. 

Groth trepou pela barricada construída entre as colunas do imponente arco e acompanhou os russos até Tiergarten. A cena lembrou-lhe o campo de batalha da Floresta de Hurtgen, em 1944, com as árvores "espalhadas como palitos de fósforo" sobre os buracos e as trincheiras. De trás de uma parede arrasada, viu os russos atacarem através da fumaça. 

Alguns minutos depois das três horas, um silêncio aterrador envolveu o parque. Subitamente, ouviu gritos exultantes. Um oficial russo, deitado na lama, ergueu os olhos para Groth. Sorriu: "Berlin kaputt!" 

Transcrição: Daniel Moratori (avidanofront.blogspot.com)
TOLAND, John. Os últimos 100 dias - volume II, Editora Nova Fronteira, 1966. p.892-893

Livro - A Segunda Guerra Mundial 70 Anos Depois - Coletânea de Artigos


Fruto de um Seminário que organizado na UERJ no ano de 2015, afim de comemorar os 70 anos do fim do maior conflito da história do homem, o livro "A Segunda Guerra Mundial 70 Anos Depois", pretende atualizar os amantes da IIGM com as novas abordagens que a pesquisa nacional tem produzido sobre o referido tema. 


Os 15 artigos tratam de vários aspectos da Segunda Guerra Mundial, dentre eles a participação soviética, a relação brasileira com a Alemanha nazista, as resistências ao fascismo, a atuação da FEB, as resistências e os mitos.

O lançamento será no dia 22 de junho no Bistrô Multifoco às 19:00 - Avenida Mem de Sá, 126 Centro Rio de Janeiro.


Artigos na obra:

A “Boa Guerra”: Os Estados Unidos e a Segunda Guerra Mundial (Rodrigo Farias de Sousa) -

A Guerra Que Não Acabou (João Claudio Platenik Pitillo) -

A Participação Soviética na Segunda Guerra Mundial Retratada nos Livros Didáticos Brasileiros (Roberto Santana Santos) -

A Segunda Guerra Mundial e o Japão (Marina Magalhães B. L. da Silva) –

A URSS e a Formação das Democracias Populares (Luis Eduardo Mergulhão) -    

1ª Esquadrilha de Ligação e Observação: A Observação Aérea na Força Expedicionária Brasileira (Fábio Seccioso Araújo) -

História do Tempo Presente, História Pública e ensino de História: um caso em Magé – RJ (Sydenham Lourenço Neto/Vinícius da Silva Ramos) -

O Final da Segunda Guerra Mundial e o Início da Guerra Fria no filme Cortina de Ferro (Antonio Cícero Cassiano Sousa) –

O Mito da Conspiração Judaica e a Segunda Guerra Mundial (Ricardo Figueiredo de Castro) -

O Pensamento Diplomático, Político e Militar Brasileiro dos Anos de 1930 e 1940: O Caso da Aproximação com a Alemanha (Fernando da Silva Rodrigues/Andrea Helena Petry Rahmeier) -

O Serviço de Assistência Religiosa da FEB no Teatro de Operações na Itália durante a II Guerra Mundial (Rogério de Carvalho Lima) -

O Terceiro Reich: A Tomada do Poder e a Resistência (Francisco Carlos Teixeira da Silva) -

Participação do Brasil na II Guerra Mundial: 70 Anos da Vitória (Celso Péricles Fonseca Thompson)

Quem Ajudou Hitler (Ricardo Quiroga Vinhas) –

Terror e Banalidade do Mal (Renata Schittino)  -      

Alemanha reconhece genocídio armênio e irrita Turquia

Armênios em fuga durante a Primeira Guerra Mundial no que hoje é território turco

Quase por unanimidade, Parlamento alemão quebra tabu e aprova resolução que passa a chamar massacre de cristãos por otomanos na Primeira Guerra de genocídio. Ancara diz que decisão é erro histórico.

O Bundestag (Parlamento alemão) aprovou nesta quinta-feira (02/06), quase por unanimidade, uma resolução que classifica de genocídio o massacre perpetrado há um século pelo Império Otomano contra a minoria armênia.

Rapidamente rechaçada pelo governo turco como "um erro histórico", a decisão ameaça arranhar ainda mais as relações entre Ancara e Berlim, desgastadas no último ano devido à crise migratória e ao debate sobre que papel cada país deve ter no acolhimento de refugiados.

De maioria muçulmana, o atual Estado turco admite que cristãos armênios morreram em combates com soldados otomanos a partir de abril de 1915, durante a Primeira Guerra Mundial. Mas rejeita declarações de governos estrangeiros que classificam as mortes – estimadas por historiadores entre 800 mil e 1,5 milhão – de genocídio.

"A resolução adotada pelo Parlamento alemão vai abalar seriamente as relações entre Alemanha e Turquia", afirmou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Em tom ainda mais firme se manifestou o ministro das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu: "O caminho para virar páginas escuras em sua própria história não é manchar a história de outros países com decisões parlamentares irresponsáveis e infundadas."

A resposta turca à resolução – aprovada com apoio de todos os partidos do Parlamento e apenas um voto contra – foi chamar de volta a Ancara seu embaixador em Berlim para consultas.

A chanceler alemã, Angela Merkel, minimizou o atrito causado pela decisão."Há muitas coisas que conectam Alemanha e Turquia e, mesmo que haja diferença de opinião em um determinado tema, nossa relação, amizade e laços estratégicos são ótimos", afirmou Merkel, em entrevista coletiva ao lado do secretário-geral da Otan, Jens Soltenberg.

Até que a coalizão de Merkel decidisse impulsionar a resolução, no ano passado, a posição oficial do governo alemão era de lamentar o ocorrido, mas sem mencionar a palavra genocídio – nem de forma oral nem escrita. Num país em que a reconciliação com passado é reiterada todo momento, a postura era constantemente alvo de críticas.

Mas a Alemanha tem problemas com a palavra. Há tempos Berlim vinha se movimentando com muito cuidado sobre um terreno político minado. Não se queria estragar a relação com a Turquia, membro da Otan. Assim como o relacionamento com os mais de 3 milhões de cidadãos de origem turca que vivem na Alemanha. Há, ainda, o envolvimento alemão – então aliado do Império Otomano – na catástrofe dos armênios, que pode ser passível de pagamentos de reparações.

Genocídio dos armênios é a interpretação oficial em mais de 20 países, incluindo França, Suíça e Brasil. O termo "genocídio" foi definido pela ONU em 1948 como atos cometidos com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso.

RPR/dpa/ots
Fonte: http://www.dw.com/pt/alemanha-reconhece-genoc%C3%ADdio-arm%C3%AAnio-e-irrita-turquia/a-19300480

domingo, 19 de junho de 2016

Livro - Nazi Files

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Título: Nazi Files
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Páginas: 164
Área de interesse: 1. História
2. Segunda Guerra Mundial
3. História da Humanidade
ISBN: 978-85-7680-282-2
Preço: R$ 69,00
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Todos os Homens do Terceiro Reich

Histórias e Segredos Revelados

Biografias dos mais importantes colaboradores de Adolf Hitler no Terceiro Reich.

Este livro revela a história de cada um, mostrando como cada perfil psicológico foi determinante para as atitudes e as atrocidades cometidas.

• Adolf Hitler • Martin Bormann • Angela Raubal
• Eva Braun • Adolf Eichmann • Dietrich Eckart
• Hermann Göring • Albert Göring • Reinhard Heydrich
• Josef Goebbels • Amon Goeth • Heinrich Himmler
• Rudolf Höss • Josef Mengele • Leni Riefenstahl
• Ernst Röhm • Hjalmar Schacht • Albert Speer
• Franz Stangl • Rudolf Hess • Wilhelm Keitel e outros.

Os nazistas para controle e segurança de seu Partido Político mantinham arquivos completos de grande parte de seus principais líderes.

Os segredos e as revelações do status e da participação de cada um deles no Terceiro Reich, no Holocausto e na Segunda Guerra Mundial são mostrados em detalhes neste livro.





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Livro - Lembranças da Guerra: A História de uma jovem alemã que viu a guerra por dentro






Título: Lembranças da Guerra
Subtítulo:
Segunda Guerra Mundial
Autora: Irmgard Ruppel
Formato: 14 x 21 cm
Páginas: 120
Área de interesse: 1. Segunda Guerra Mundial
2. História
3. Biografia
ISBN: 978-85-7680-257-0
Preço: R$ 29,00


Irmgard Ruppel

LEMBRANÇAS DA GUERRA

A História de uma jovem alemã que viu a guerra por dentro

Esta é a história real de uma mulher que viveu a juventude na Alemanha Nazista. Irmgard Ruppel acompanhou de perto os acontecimentos que marcaram a Segunda Guerra Mundial.

Nestas lembranças, a autora descreve sua infância feliz em uma família alemã bem estruturada e, mais tarde, a convivência com personalidades importantes do regime Nazista.

Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos alemães não aprovavam as atrocidades que os Nazistas perpetravam. A Inteligência Nazista montou uma rede de espionagem para identificar pessoas com ideias opostas ao regime. Seu pai, alto funcionário público do Ministério da Fazenda, da República de Weimar, é envolvido em uma trama que o leva à prisão pela polícia secreta de Hitler.

No pós-guerra, entre as perdas e os reflexos desastrosos do conflito, ela encontra coragem e a possibilidade real de recomeçar.

SOBRE A AUTORA: IRMGARD RUPPEL mudou-se para os Estados Unidos em 1947 e, desde então, vive em Nova York. Ela dedicou este livro a seus filhos e netos, como registro histórico de família e lição de superação.
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