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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Heinz Knoke e o combate contra os Mosquitos


6 de novembro de 1942 

Ao meio-dia o centro divisionário telefona: dois Mosquitos acabam de cruzar a costa. Cinco minutos depois, o tenente Kramer, nosso controlador, está chamando. 

- Poderá decolar, com esse mau tempo? 

Sem mesmo refletir, respondo pela negativa. O teto é de trinta metros. Da janela do meu gabinete mal consigo ver a extremidade oposta do campo. 

Kramer não insiste e desliga. Ele bem sabe que tenho razão. Já faz algumas horas que uma chuva fina e glacial cobre toda a região. Os pilotos jogam baralho, escrevem cartas ou roncam em suas camas. 

A cada quinze minutos a posição dos Mosquitos é assinalada. Julgara que, com esse tempo, logo fariam meia volta. Mas esses inglêses são rijos. Uma hora depois, estão sobrevoando Berlim. 

A campainha do telefone toca novamente. Vou atender. 

- 5ª esquadrilha, subtenente Knoke. 

Reconheço imediatamente a voz de meu interlocutor: é o coronel Henschel, comandante da caça alemã na região do gôlfo da Alemanha. 

- Bom dia, meu pequeno Knoke! Como vai o tempo por aí? 

- De não se pôr uma dedo para fora, meu coronel. Não se vê nada a quinhentos metros. 

- De qualquer forma, meu pobre amigo, você precisa decolar. Acabo de receber um telefonema de Göring. O marechal está furioso. Não compreende como pudemos deixar que aqueles dois Mosquitos passassem, e nos ordena que os abatamos a qualquer preço. 

- Entendido, meu coronel! 

- Quem pretende mandar? 

- O ajudante Wennecker e eu mesmo. 

- Pois então, vão à merda! 

- Obrigado, meu coronel! 

Eu e Wennecker somos dos raros pilotos da esquadrilha capazes de voar com qualquer tempo. Não é a primeira vez que decolamos juntos, debaixo de chuva e envolvidos pela cerração. 

Decolamos às 13h 30m para tentar interceptar os Tommies que, agora, estão em algum ponto na região de Bremen e se dirigem reto na direção noroeste. Provavelmente, ganharão o mar pelas ilhas orientais da Frísia. 

Tomamos o rumo da costa. A voz clara do indicador nos dá o setor B-Q como sendo a posição dos Mosquitos. 

- Rumo 315. Apressem-se - insiste ele. 

É o momento de abrir bem os olhos. Se a indicação estiver exata, não tardaremos a ver nossa presa. Não fosse essa maldita chuva, teríamos a certeza de lhes cortar a retirada. A visibilidade é cada vez menos. Começo a sentir-me nervoso. 

- Você deveriam vê-los agora - insiste ele - Olhem bem, à sua esquerda. 

Não tenho tempo de responder. Bem na minha frente, uma sombra irrompe da cerração. 

Um Mosquito! Seu piloto já me viu. Guina tão brutalmente que sua asa esquerda quase roça o chão. Depois, volta-se com a mesma rapidez para a direita. 

Mas não adianta, meu amigo! Não pense qeu os seus ziguezagues sejam suficientes para enganar-me. A cada uma de suas cabriolas, disparo-lhe uma rajada, visando ligeiramente à frente de seu nariz. 

Voamos extremamente baixo. Felizmente, a região é plana como a palma da mão. Mais um minuto, e desembocamos sobre o mar. O Mosquito arrasta um leve penacho de fumaça. em supercompressão, voa a uma velocidade terrificante. Meu 'Gustavo' (Messerschmitt Me-109G) consegue seguí-lo, mas o de Wennwcker visivelmente perde terreno. Como valeu a pena atormentar os mecânicos, para que cuidassem do meu 'zinco' com dedicação toda particular! Cuidados que se traduzem em 15 a 20 quilômetros/hora suplementares. 

Quero diminuir a distância antes de liquidá-lo. Para isso só há um recurso: fechar as paletas do radiador. Lentamente vou me aproximando dele. Por fim, chego a uma centena de metros, mais ou menos. Com uma ligeira correção, a fuselagem do inglês vem colocar-se no meu colimador. Meus dedos comprimem o gatilho. 

Minha primeira rajada bate como um chicote em seu motor esquerdo. E é o fim. O Mosquito é um avião frágil, um avião de madeira. Tôda a sua asa se incendeia numa fração de segundos, e logo se destaca. Um choque, e o Mosquito desaparece nas vagas escuras do mar do Norte. Quando ganho altitude, vejo a mancha de óleo brilhar no fundo das ondas. 

Gotas de suor salgado me correm pelo rosto.


Fonte: trecho extraído de "A Grande Caça" (Die Grosse Jagd) - Heinz Knoke - Ed. Flamboyant.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Treinamento De Um Piloto - Heinz Knoke


31 de janeiro de 1940
A 8 de janeiro de 1940 sou designado a ocupar uma vaga na Academia Militar (Kriegschule). A vida aqui não é fácil para os candidatos a oficial. As formações de parada prosseguem com contínua rigidez, na melhor tradição prussiana; mas agora eu já estou acostumado a isto. "Aqui você tem que ser forte", eles continuam a nos dizer, "tão forte quanto o aço Krupp. Qualquer um que fraqueje será eliminado".

No entanto, nossa vida se resume somente em intervalos entre o pátio de paradas e a sala de leitura. Temos que estudar e trabalhar sobre os livros no alojamento, geralmente até tarde da noite. Possuímos instrutores, oficiais, sargentos e técnicos de primeira classe e eles nos ensinam tudo que podem sobre tópicos como: táticas de combate no ar e no solo, aeronáutica, engenharia, armaria e meteorologia. Um curso de liderança júnior também faz parte da grade.

Agora estamos esperando somente que o tempo se torne mais estável para então começar nosso treino de vôo.

17 de fevereiro de 1940
Às 13:05h tenho minha primeira lição de vôo em um Focke-Wulf 44, um avião de treino com duplo controle, cujas letras de identificação são TQBZ. Van Diecken é meu instrutor.

23 de fevereiro de 1940
Semana passada completei 35 vôos de treino. O solo está coberto com neve profunda, portanto as aeronaves foram equipadas com esquis no lugar das rodas.

O trigésimo sexto vôo é um teste: estou com o Tenente Sênior Woll, instrutor-chefe do curso. Ele faz pouco caso dos meus progressos no vôo.

1º de abril de 1940
Completei 83 vôos de treinamento. O Tenente Sênior Woll testou-me de novo nas últimas duas decolagens. "Você certamente não pode chamar isto de um pouso: eles são só vagamente melhores do que uma queda controlada". Ele balança a cabeça.

Junto a isso eu também me enfiei em uma enrascada enquanto fazia um circuito sobre o campo. O avião estava sem controle, depois que eu me enrolei com o manche, afogador e leme. Entramos em parafuso antes que eu tivesse tempo de notar, descendo em direção a uma igreja. Woll agarrou o afogador e recuperou o controle do avião, virando-se para mim, logo a seguir e gritando: "O que você está tentando fazer? Está tentando transformar minha mulher em viúva? Maldito idiota"!

Será-me dada mais uma chance, positivamente a última chance, depois de dez novas lições com Van Diecken. Os alunos que falham em completar o curso de vôo na Academia Militar, são designados para o Comando Antiaéreo (Flakartillerie). Um prospecto amargo.

2 de abril de 1940
O Sargento Van Diecken me leva para as minhas últimas dez lições hoje. Todos os outros alunos do curso já decolaram para seus vôos solo há muito tempo. Amanhã será o dia do meu teste final com o Tenente Sênior Woll.

O grupo de instrução sob tutela de Van Diecken inclui três outros candidatos a oficial além de mim: Geiger, Menapace e Hain. Nós quatros dividimos o mesmo alojamento.

Geiger é da Alemanha do Norte, reservado, mas intensamente bem preparado. Seu pai é um trabalhador braçal. Uma vaga conquistada na "Escola Adolf Hitler" deu a este rapaz muito inteligente sua chance. Tendo obtido sua matrícula Sênior, ele está apto a ser comissionado como oficial.

Menapace e Hain são austríacos. Ambos vieram das montanhas do Tirol. Sepp Menapace é o melhor de nós em vôo, parecendo que pilota instintivamente. Pequeno, escuro e muito forte, ele é um tipo que vive ao ar livre. Entretanto ele é tímido e socialmente inapto e, no chão, seu corpo musculoso parece desajeitado, como um daqueles robôs dos filmes; mas uma vez nos céus, ele está em seu elemento, movendo-se tão sensivelmente quanto um gato. Sua aptidão natural o permite controlar o avião como se tivesse feito isso por toda a sua vida.

Hain voou seu solo depois da sua quadragésima decolagem com Van Diecken. Todos os três observaram minhas últimas instruções e me encorajaram. Até mesmo Geiger abriu a boca para dizer meramente: "Você vai se dar bem".

3 de abril de 1940
Precisamente às 13:00h decolei para meu primeiro vôo solo.

"Quando você se aproximar para o pouso, é melhor você nivelar dez pés para cima do que um pé para baixo da terra"!, grita sua última advertência o Tenente Sênior Woll, sobre o barulho do motor, e sorri sardonicamente enquanto se afasta.

Aperto o cinto de segurança, abro o afogador lentamente, começando a me mover, seguro o manche para frente enquanto a velocidade aumenta. O TQBI praticamente decola sozinho e estou subindo antes que o fim da pista se aproxime.

Faixas vermelhas nas asas avisam a todos que possam se interessar: "Cuidado! Este é um aluno no seu primeiro solo. Saia de perto se você dá valor à vida".

Por vários minutos eu circulo o campo. A tensão gradualmente se dispersa e começo a relaxar. Não é necessário fazer um grande esforço para manter o avião sob controle. Olho para baixo e vejo a sombra das nuvens se delineando sobre a terra. Estou realmente voando, livre como um pássaro.

Já é hora de pousar. Começo a planar e o chão vem de encontro a mim. Afogador para trás, nivelado, cuidadosamente agora; e... Opa! Estou de volta à terra firme e, de alguma forma, a aeronave não se destruiu.

Meu primeiro pouso solo não pode ser descrito como um bom pouso, nem mesmo nos quatro seguintes consegui melhorar muito. Mas, pelo menos, as rodas não se desprenderam.

10 de maio de 1940
Nossos exércitos, na frente oeste, iniciaram a grande ofensiva contra a França, mas eu temo que vá me atrasar para estar na ação.

16 de maio de 1940
Várias semanas estáveis de bom tempo nos permitiram fazer progressos reais em nosso treinamento. Completei praticamente 250 vôos. Agora estamos sendo adestrados em acrobacias aéreas no Focke-Wulf 44 e no Bücker Jungmann. Também aprendemos a voar em aeronaves operacionais, interceptadores obsoletos e tipos de reconhecimento de curto alcance, aviões como o Arado 65 e 68 e os Heinkel 45 e 46. Usamos o Junkers W. 34 no qual Kohl e Hünefeld voaram pelo Atlântico, e um Focke-Wulf Weihe especialmente adaptado para vôo de longo alcance, a fim de prática de navegação.

Ontem eu estava em um vôo à leste da Prússia em um remendado e velho GO. 145 quando o motor falhou. O duto principal de abastecimento estourou. Estava somente a poucas centenas de pés naquele momento, e não havia grandes oportunidades para encontrar um campo de emergência para uma aterrissagem forçada. Desci em um campo cultivado. O trem de pouso se despedaçou, o avião capotou e tive que sair da carlinga me arrastando, com um corte na cabeça.

Retornei a base de trem. Tenho uma grande bandagem na cabeça. As pessoas na plataforma me olham, evidentemente assumindo que eu deva ter sido ferido na guerra contra a França. É embaraçoso admitir que eu só caí de um avião de treinamento.

19 de maio de 1940
Parece que estou emaranhado em uma fase de má sorte. Hoje meu trem de pouso quebrou quando tentava pousar em Altdamm. Um vento de través muito forte estava soprando no momento do pouso, e ele se mostrou fatal para o velho KL. 35.

Mais uma vez sou obrigado a voltar de trem.

16 de agosto de 1940
Finalmente tenho meu certificado de piloto e o período de treino está encerrado.

No dia 1º de junho fui promovido a cabo.

Neste meio tempo, a guerra continua. A França rendeu-se em junho. Os franceses não puderam fazer muito contra a moral superior e os equipamentos modernos dos exércitos alemães. Eles tiveram que usar armamentos que já eram obsoletos há tempos; de fato, algumas de suas peças de artilharia pesada foram utilizadas durante a Primeira Guerra Mundial.

Aparentemente as divisões britânicas mantiveram-se mais ou menos intactas, embora tenham perdido uma vasta quantidade de material em Dunquerque. Habilidosas operações por parte do Alto Comando Britânico possibilitaram à maioria das suas unidades o retorno à ilha sem sofrer pesadas baixas. A Força Aérea Alemã perdeu, evidentemente, uma oportunidade de ouro ao deixá-los fugir de nossas mãos em Dunquerque.

Os britânicos não parecem estar suficientemente armados para combater em uma guerra, e a Força Aérea Real conduz suas operações em uma escala muito pequena. Não consigo entender por que não pressionamos imediatamente nosso avanço contra a Grã-Bretanha: significaria, certamente, o fim da guerra.

A Força Aérea Francesa também foi incapaz de ter uma postura decisiva na luta. Aqui, como na Polônia, a Luftwaffe deu outra demonstração de superioridade incontestável em seu equipamento e treinamento. Isso não significa, contudo, que faltasse coragem aos pilotos britânicos e franceses. Significa, outrossim, que eles operavam sob as piores condições possíveis.

Na minha opinião, a velocidade do colapso francês se deve, fundamentalmente, a baixa moral em suas divisões de combate. Os oficiais franceses admitiram, subseqüentemente, o mesmo, com amargura. O soldado francês de 1940 não era nada parecido com seu antecessor, o "poilu", que lutou tão tenaz e bravamente na defesa de cada polegada de sua pátria na Primeira Guerra Mundial. Creio que nos últimos vinte anos, a França descansou tranqüilamente nos louros da vitória de Versailles. Este é o grande perigo da vitória em qualquer guerra.

A moral do povo alemão em casa é muito bom - talvez bom até demais.

Fonte: I Flew For The Führer (Heinz Knoke)


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Heinz Knoke, um ás alemão



+400 missões de combate, 33 vitórias (19 quadrimotores)

Heinz Knoke nasceu em Hameln, Alemanha, em 24 de março de 1921. Tendo tido uma boa base escolar em sua juventude - quando aprendeu a falar inglês - ele se voluntariou para servir na Luftwaffe em 1939. Após a conclusão de seu treinamento como piloto de caça, em 20.05.1941, o agora Leutnant Knoke foi designado para servir inicialmente junto ao 6./JG 52 (6º Staffel da Jagdgeschwader 52), então lutando na frente russa.

Knoke permaneceria pouco tempo na frente oriental, sendo transferido em 02.07.1941 para o 2./JG 1, então baseado na chamada Baía Ale-mã, onde atuou protegendo os portos germânicos no Mar do Norte. A partir de 25.10.1941, Knoke foi indicado Staffelführer de sua unidade e, seis dias depois, obteve sua primeira vitória confirmada, ao abater um bombardeiro Blenheim da RAF sobre o Mar do Norte. Uma semana mais tarde, ele acrescentaria outro abate ao seu score, ao destruir um De Havilland Mosquito.

Mas foi após início da ofensiva de bombardeiros conduzida pela 8ª For0ça Aérea americana que Knoke se destacaria nos combates da Defe-sa do Reich, tornando-se um dos grandes destruidores de quadrimo-tores (“Viermottorer”). Sua quinta vitória ocorreu em 22.03.1943 contra um B-17 e, em 01.04.1943, sua unidade foi redesignada 5./JG 11. Sua 10ª vítima (outro B-17) caiu em 11.06.1943 e, no dia, 27.09.1943, após um combate onde derrubou mais um B-17 e um caça de escolta P-47 Thunderbolt, Knoke atingiu sua 15ª vitórias confirmada.


Até o final daquele ano, ele acumularia nada menos que 19 vitórias aéreas, sendo condecorado com a Cruz Germânica em 17 de novembro de 1943. Dentre suas vitórias nesse ano, encontra-se um Boeing B-17 abatido com um foguete de 21cm. Sua 20ª vitória ocorreu em 10.02.1944 contra uma Fortaleza Voadora e, no curso do mês de março, ele obteve outras três vitórias: um P-51 Mustang (no dia 03) e dois B-17 (nos dias 06 e 08).

No dia 29.04.1944, o agora Oberleutnant Knoke participou de um dos capítulos mais pitorescos da História da aviação. Durante uma missão de interceptação de bombardeiros americanos sobre o rio Reno, os Bf 109 envolveram-se em um violento dogfight contra os caças North Ameri can P-51 Mustang de escolta. O avião de Knoke foi severamente atingi- do e, enquanto tentava abrir o canopy de seu avião, ele sentia os projé- teis da metralhadora .50 atingindo a blindagem atrás dele ao mesmo tempo em que os traçantes passando sobre seu cockpit, tornando o salto impossível. Em vias de perder o controle do avião, Knoke, reduziu drasticamente a velocidade, deixando o P-51 ultrapassá-lo. Ainda antes de saltar, já ferido, ele disparou uma última rajada com seus canhões, atingindo em cheio seu adversário!!

Ambos os aviões caíram no mesmo campo, sendo que o piloto america no também conseguiu saltar. Enquanto esperava o socorro, Knoke acendeu um cigarro e esperou... De repente ele vê outro piloto se aproxi mando: era o americano que ele acabara de abater! Ao invés de se en-

frentarem como inimigos, ambos sentaram-se lado a lado, dividiram cigarros e mostraram fotos de família. Con versaram em inglês sobre seus aviões e táticas e apreciaram o fato de ambos terem sobrevivido... Foi a 25ª vitória de Knoke.

Após sua recuperação, o já Hauptmann Knoke foi nomea do Gruppenkommandeur do III/JG 11 (Gruppe III da JG 11) em 13.08.1944, passando a lutar contra os Aliados que haviam desembarcado na França. Lutando contra um inimigo que desfrutava de uma gigantesca superioridade aérea, Knoke conseguiu derrubar nada menos que sete aviões inimigos nos violentos combates sobre os céus da Normandia. Dois P-47 tombaram respectivamente nos dias 14 e 15.08, seguidos de um Spitfire (16.08), um bom bardeiro B-26 (17.08), dois P-51 Mustangs (ambos no dia 18.08 - suas 30º e 31ª vitórias), outro P-51 no dia 25.08 e, por fim, um P-47 Thunderbolt em 28.08.1944 - sua 33ª vitória confirmada. Contudo, nesse último combate, ele foi mais uma vez abatido.

A despeito de seu sucesso nos combates aéreos, a carreira de Knoke foi bruscamente interrompida quando, em 09.10.1944, ele ficou gravemente ferido em um acidente automobilístico que o deixou fora da linha de fren- te até o final da guerra. Mesmo assim, em reconhecimen to aos seus feitos e à sua liderança, o Hauptmann Heinz Knoke foi condecorado com a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro em 27 de abril de 1945.

Knoke rendeu-se aos aliados ocidentais e permaneceu em cativeiro até 1946. Em 1953 ele lançou sua biografia “Die Grosse Jagd” que, ainda hoje, é vista como um dos melhores livros sobre a guerra aérea a partir da perspectiva dos alemães.

No pós-guerra atuou como Deputado Estadual em várias legislaturas até 1970. Após se afastar da política, Knoke atuou como gerente de uma fabricante de cervejas.


Tendo voado mais de 400 missões de combate, ao longo das quais obteve 33 vitórias aéreas (todas contra aliados ocidentais) - incluindo nada menos que 19 bombardeiros quadrimotores e um Mosquito - Heinz Knoke faleceu de causas naturais em 18 de maio de 1993, aos 72 anos de idade.