terça-feira, 23 de março de 2010

Aviso

Estou preparando uma sequencia de fotos de execução de judeus, sovieticos, polacos, entre outros, por soldados alemães, a pedidos de determinadas pessoas que indagaram sobre o mesmo. Em breve posto todas, em vez de uma de cada vez.

domingo, 21 de março de 2010

A Vida nos Caça-Ferro (Brasil)




Caça-Submarino G8-Graúna da Classe G

C a r a c t e r í s t i c a s

Deslocamento: 280 ton (padrão), 450 ton (carregado).
Dimensões: 52.73 m de comprimento, 7.01 m de boca e 3.04 m de calado.
Propulsão: diesel; 2 motores diesel de 16 cilindros General Motors Model 16-258S gerando 2.000 bhp, acoplados a dois eixos com hélices de três pás.
Eletricidade: ?
Velocidade: máxima de 20 nós.
Raio de ação: 3.000 milhas náuticas à 12 nós.
Armamento: 1 canhão de 3 pol. (76.2 mm/50); 1 canhão Bofors L/60 de 40 mm em um reparo Mk 3; 2 metralhadoras Oerlikon de 20 mm em reparos singelos Mk 4; 2 lançadores óctuplos de bomba granada A/S (LBG) de 7.2 pol. Mousetrap Mk 20 na proa; 2 calhas de cargas de profundidade Mk 3 e 2 projetores laterais do tipo K Mk 6 para cargas de profundidade Mk 6 ou Mk 9.
Sensores: 1 radar de vigilância de superfície tipo SF ou SL; 1 sonar de casco.
Código Internacional de Chamada: ?
Tripulação: 65 homens, sendo 5 oficiais e 60 praças.
Obs: Características da época da incorporação na MB.

H i s t ó r i c o

O Caça Submarino Graúna - G 8, ex-USS PC 561, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a essa ave negra de nossa fauna. O Graúna foi construído pelo estaleiro Jeffersonville Boat and Machine Co., em Jeffersonville, IN. Foi lançado em 1º de maio de 1942 e incorporado a Marinha dos EUA em 11 de julho. Foi transferido e incorporado a MB em 30 de novembro de 1943 em cerimônia realizada em Miami, Florida. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente José Leite Soares Júnior.
O custo de aquisição dos Caça Submarinos dessa classe em 1942-43 era de US$ 1,7 milhões.

Em seu livro "A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial", o Almirante Arthur Oscar Saldanha da Gama, descreve o serviço e a vida a bordo dos Caça-Submarino, carinhosamente chamado pelo pessoal da Armada de "Caça-Ferro", em artigo compilado da Revista do Clube Naval, n.º 252, de maio de 1978, de autoria do Almirante Rubens José Rodrigues de Mattos, intitulado "A Vida nos Caça-Ferro, durante a II Guerra Mundial".
Segue abaixo o depoimento transcrito da revista, conforme acima assinalado:


"Os navios menores, os do tipo SC, foram substituídos pelos PC’s, de 173 pés, casco de ferro, dos quais tivemos oito com nomes iniciados pela letra "G". Como os caças de 110 pés, estes foram projetados para patrulhas com bases nos portos; contudo, tanto na Marinha americana, como na nossa foram usados intensamente nos comboios. A prova máxima destes barcos de 173 pés consistia na escolta do comboio Recife-Trinidad (JT), principalmente na volta, aproado aos ventos alísios e o mar sempre cavado, em 11 a 13 dias de viagem.

Esses navios receberam o radar e tinham melhor tipo de sonar, maior raio de ação e melhores acomodações que os SC’s de madeira, mas eram, assim mesmo, muito deficientes. Eram navios para gente jovem, pois os mais velhos não poderiam resistir à dura vida de bordo. Podemos dizer, sem receio de errar, que os homens que tripulavam esses navios, se não eram, tornaram-se verdadeiros marinheiros.

Os da classe "G" eram melhor armados, havendo, entre eles algumas diferenças nas peças usadas, principalmente no canhão de 3 polegadas e nas metralhadoras de 20 mm, quando foram introduzidos os canhões automáticos de 40 mm. Todo armamento era de duplo uso, de superfície e antiaéreo, se bem que nunca foram disparados contra aviões (na MB) .

Em ambos os tipos, o ponto crítico estava na limitada velocidade máxima, muito próxima da de ataque anti-submarino de 15 nós. Contudo eram navios de fácil manobra, condição essencial para a sua função principal, isto é, combater submarinos imersos. Os "G’s" eram navios de 280 toneladas, dois motores de 2.880 com dois hélices, 60 toneladas de óleo diesel e 65 homens de tripulação.

Os caça submarinos eram empregados em todas as missões anti-submarinos, quer na patrulha, quer nas escoltas de comboios. Essas não eram, na realidade, missões empolgantes ou gloriosas, de curta duração, como acontecia com os avioes militares, os quais recebiam informes precisos, saindo as aeronaves para o ataque aos submarinos plotados. Voltavam esses pilotos às suas bases cheios de excitação, contando, com profusos gestos de mão, os detalhes do combate. A vida de um caça submarino no mar era, pelo contrário, monótona e cansativa, prolongando-se por dias seguidos, sem nada acontecer. A Vitória da missão estava, justamente, em nada de anormal haver no comboio, para os mercantes chegarem, com as suas valiosas carga, incólumes aos seus destinos.

A tripulação de um "caça-ferro" , tipo G, assim chamado para distinguir do "caça-pau" do tipo J, era de 60 homens fortes, moços e capazes, pois de outra forma não resistiriam àquela vida, dividida nos clássicos "quartos", "de serviço", "de retém", e "de folga", folga esta em que nada significava, porque no mar, em tempo de guerra, todos trabalhavam. Os Postos-de-Combate eram rapidamente guarnecidos nas emergências, que não eram poucas e sempre nas horas de maior perigo para o comboio, isto é, nos crepúsculos matutino e vespertino. Estes Postos, atendidos por todos, sem exceção, todos os dias, com mau e bom tempo, marcavam o início e o fim do dia; contudo à noite, por qualquer suspeita, poderiam haver ocorrências, para as quais seria soada, sem hesitação pelo Oficial de Quarto, a buzina de chamada geral. Por essa razão, os homens escolhidos para os caça-submarinos deveriam ser calmos e controlados, de forma a poder, receber chuva e vento frio na cara e voltar meia hora depois para retomar o sono e dormir, até que a buzina soasse novamente. Nos Postos-de-Combate, os homens compareciam, obrigatoriamente, vestindo os capacetes de aço e coletes salva vidas, espalhando-se pelo navio, fechando, na ordem prevista, as portas estanques, e guarnecendo seus postos no armamento, comunicações e máquinas. Em segundos estava o navio pronto, na sua mais alta eficiência, para o combate. Sem indisciplinas ou esmorecimentos, essa gente, vigilante e coesa, estava pronta para qualquer eventualidade; o endoutrinamento era de tal forma perfeito, que poucas ordens eram dadas, sendo unicamente ouvidos os ruídos normais dos aparelhos e a voz severa e serena do Comandante.

Ãs vezes, o tempo era bom, que minorava as condições de vida num caça-submarino que, de convés baixo e levando alta velocidade, obrigava homens aquecidos em seus beliches a se levantarem, já vestidos, e enfrentarem borrifos das ondas, quando atendiam em segundos, os seus postos. Em outras ocasiões, o tempo era mau: o vento soprava forte e o mar varria a proa a cada caturro do navio. A guarnição do canhão de proa era a que mais sofria; a onda invadia o barco, carregando tudo, a ponto de, por vezes, desaparecer no mar, como perdidas fossem, mas ao navio se levantar , rápido, lá estavam os homens, sem um protesto, inteiramente molhados, agarrados como podiam, sem contudo abandonarem seus postos e prontos para fazer o canhão despejar fogo contra o inimigo.

Malgrado toda essa provação e atenção permanente, a vida administrativa do navio continuava; havia a "parada", quando o Imediato distribuía o serviço para limpeza e conservação do material; alem do mais cozinhavam e comiam; quando havia ordem, recebiam meio balde de água para o banho, se bem que água era artigo de luxo e sempre apreciada e poupada. Também, não eram esquecidos os Postos de Incêndio, de Colisão e de Abandono. A cada homem cabia, no convés ou na máquina um incumbência específica, mantida sempre em boas condições.

Os caça submarinos eram navios excelentes: dificilmente os arquitetos navais poderiam fazer um barco tão completo e, ao mesmo tempo, tão compacto. Eram bem armados, com um canhão de duplo uso, de 76 mm na proa; a meio-navio havia instalado um canhão de duplo efeito de 40 mm Bofors, mesmo tipo daqueles fornecidos pelos EUA à URSS, durante a guerra. Além disso, possuía duas metralhadoras, de superfície e anti-aérea de 20 mm Oerlikon, e , no ataque anti-submarino, duas calhas duplas de doze foguetes, dois morteiros K de bombas de profundidade, em ambos os bordos e finalmente as calhas de bombas de profundidade na popa. As calhas de bombas apenas deixavam cair os petrechos, mas os morteiros em K podiam variar a distância, conforme a carga de projeção usada.

Os alojamentos eram confortáveis e com boa ventilação; cada homem dispunha de um beliche e um armário de alumínio, pequeno, mas muito prático. Por ante-à-ré do passadiço ficava a estação rádio bem aparelhada e, logo depois a praça d’armas, tudo no convés principal. A coberta do rancho da guarnição era localizada a ré, ao lado da cozinha, onde o fogão elétrico era o justo orgulho do cozinheiro, membro eficiente da metralhadora de BE. Dois eixos acoplados hidraulicamente aos motores principais davam ao navio, ao fim de 30 segundos, inicialmente a velocidade de 7 nós, indo depois até 18 nós. O fato de levar algum tempo para o acoplamento e arrancar já nos 7 nós, quando se dava a partida no forte motor diesel, pertubava os manobristas de renome, dificultando as atracações e outras manobras,. Era porém otimo navio no mar, apesar de baixo, e os seus dois lemes faziam o navio girar muito rapidamente, condição necessária à caça do insidioso inimigo, o submarino."


Fonte: "A Vida nos Caça-Ferro" - Almirante Rubens José Rodrigues de Mattos - Revista do Clube Naval, n.º 252, de maio de 1978

Entrevista com Kesselring




O jornalista Enzo Biagi relembra suas entrevistas com o marechal de campo alemão após seu cativeiro e falecimento.

De Kesselring recordo os olhos claros, azuis e o sorriso. Sorria sempre. Sorria quando, ao comando de um "Messerchmitt" voava sobre grandes planícies russas ou nos céus da Inglaterra; sorria, inspecionando os canhões na praia de Anzio; sorria, no campo de concentração austríaco, onde estava prisioneiro, condenado, aguardando a execução; sorria, dizendo-me: "Estou muito doente", e tocava o peito.

Passeávamos numa tarde quente do último outono, entre as flores um tanto murchas de um tranqüilo e cuidado jardim; o tempo da guerra estava longe. Crianças loiras saíam gritando das escolas, bando de pássaros desapareciam por trás dos bosques de folhas avermelhadas.

"Que pensa a respeito de Hitler, senhor marechal?" Perguntava eu.
"Uma grande, uma fascinante personalidade" respondia sorrindo.
"Que pensa de Mussolini, senhor marechal?"
"Uma grande mente política" e me olhava sem ironia.
"Que diz da Itália?" Insistia eu.
"Sinto ainda grande simpatia pelo seu povo; Hitler sempre me dizia que eu era honesto demais para os italianos; ele não os estimava, eis tudo".Sorria ainda.
"Agradar-lhe-ia" perguntava, "voltar novamente à minha pátria?"
"Amo sua terra, a beleza da natureza, os monumentos, Roma, Florença, Veneza..."
"Também Veneza?", dizia eu, "Deveria ter péssimas recordações dessa cidade".
"Devido à sentença? Uma sentença injusta, um grande erro judiciário".

Somente então se pôs a recordar aquele julgamento: a lancha escoltada que o conduzia ao tribunal; o frio que fazia; a chuva abundante; a voz monótona do magistrado que lia: "O marechal Albert Kesselring, culpado de crime contra a humanidade, é condenado à morte". O sorriso do velho soldado se transformou numa espécie de trejeito e eu percebi que um daqueles olhos claros azuis era um pouco menor, mais frio.

"Sou um marechal alemão" dizia Kesselring freqüentemente, e endireitava o talo de um crisântemo, ou tocava uma folha, explicando-me, sorrindo, que um marechal alemão permanece como tal, "bis zum letzten Tag", até o último dia; que um marechal alemão não pode ter dúvidas; que a Disziplin (disciplina) é um dever; que não pode sentir arrependimentos, temores; não pode conhecer nossas fraquezas, as fraquezas humanas; deve sorrir, mesmo sob o fogo inimigo, mesmo quando lhe dizem: "A forca o espera". Para um marechal, mesmo cansado, doente e sozinho (agora até a mulher se foi e a fila dos companheiros é cada vez menor), para um marechal da Wehrmacht que considera a rendição do soldado alemão, no dia da derrota, "um triunfo da educação" as palavras têm estranhos, diversos significados.

"Senhor marechal, que pensa de Marzabotto?", disse de repente, e sentia-me embaraçado, quase envergonhado.
"Uma operação bélica" responde-me tranqüilo.
"Quase dois mil mortos", disse, "são muitos, até mulheres e crianças, principalmente mulheres e crianças".
"Sob as bombas dos anglo-americanos tombaram também muitas mulheres alemãs e muitas crianças alemãs. Quem ataca tem o dever de vencer. É pena que os inocentes também paguem".
"E dos delitos do Fuehrer, que diz?"
"Nem todas as culpas foram suas, estava rodeado de péssimos conselheiros".
"E do seu amigo Goering? Que me diz de seu amigo Goering".
"Um homem do Renascimento, um verdadeiro príncipe do Renascimento, um bom garfo, um bom bebedor, nascido para a caça, cultor das artes, o último senhor do Renascimento".

Prisioneiro de si próprio

Passeávamos, e a guerra parecia tão distante, o marechal tinha o ar sereno de um funcionário aposentado, de um professor aposentado educado, vestido com circunspecção, conversador de certo garbo, anfitrião cheio de atenções: "Experimente - pede-me - este vermute italiano". E eu pensava em cápsulas de cianureto rompidas com os dentes na escuridão de uma cela, ou no carro negro da Gestapo, no destino de alguns dos companheiros de Kesselring, e outros mortos sem história, tantos mortos. Mas no relato do marechal não havia nem paixão, nem dor; aqueles mortos eram apenas o resultado de enganos estratégicos, de avaliações políticas erradas. Ele se sentia ainda e sempre marechal, marechal até o último dia.

Parece-me prisioneiro de si próprio, de um sonho angustiante de que não soube se libertar: falava insistentemente em capacetes de aço, capacetes com pregos, capacetes com a suástica. Falava nisso com orgulho, com altivez. Podemos ver ainda esses capacetes, enferrujados, em nossos cemitérios, nos campos italianos, colocados entre as cruzes cinzentas que recordam, entre os mortos do país, alguns pobres Hans, ou alguns pobres Rudolph, mortos sob as ordens do Fuehrer e do marechal Kesselring, nas terras da Itália.

Mostrou-me seu livro de memórias, onde havia uma frase assinalada com um traço a lápis: "Minha vida foi rica, porque foi cheia de preocupações, de trabalho, de responsabilidades. Ela terminou num calvário". Não era o pesadelo dos enganos cometidos que o afligia, mas o senso do prestígio perdido. "No cárcere - disse-me - devia colar envelopes de cartas. Era muito bom nisso, aliás. Pense: um marechal alemão colando envelopes".

Não mudara em nada. Alto, calvo, modos gentis, assemelhava-se ao retrato que dele traçavam seus colaboradores. "Um temperamento modesto, muito diferente de Rommel. E uma boa dose de calor humano" dizia Siegfried Westphal, que estivera a seu lado, como seu chefe do Estado-maior.

Contavam que sabia entreter agradavelmente os hóspedes durante as refeições, amava a boa mesa, apreciava as belas mulheres, tinha aprendido a desfrutar, entre a tensão de uma batalha e as longas horas passadas debruçado sobre mapas, a visão de uma obra de arte, ou a música; mas, sob aquela aparência afável, se escondia um fortíssimo orgulho. "Uma esfinge", é a definição que lhe dão os críticos menos calorosos, "habilíssimo em se desenredar das situações embaraçosas ou graves, sempre atento em não cair nas armadilhas da política".

Mesmo quando, em 28 de abril de 1945, enquanto a Alemanha desmoronava, Eugen Dollmann foi informá-lo dos entendimentos de paz que o general das SS, Wolff, efetuou na Suíça, o marechal de campo foge aos compromissos, não dá seu apoio, não critica, não se compromete: "Compreendi tudo muitíssimo bem" - diz - "agora vamos almoçar. Depois lhe desejarei uma boa viagem".


Sua obra-prima

Sua obra-prima é a campanha da Itália, combatendo em Cassino, Anzio, sobre a Linha Gustav, sobre a Linha Gótica, resistindo durante vinte meses ao lento e implacável avanço do V e VIII Exércitos Aliados, sob as ordens do americano Clark. Para tanto, contava com um potencial bélico reduzidíssimo, em comparação com os aliados; porém, nunca ousou protestar. Disziplin.

Considera-se um benemérito, com relação às atitudes mantidas para com a população. "É preciso defender Roma, rua por rua", ordena Hitler, e dá ordens para que os pontos sejam minados. Pela primeira vez Kesselring recusa-se a obedecer.

"Impedi que Roma fosse evacuada, como era projetado, e se transformasse em teatro de luta, mas com graves danos para as operações militares... salvei muitas obras de arte, entregando-as ao Vaticano, como o tesouro de Montecassino. Os centros de interesse histórico foram por mim declarados cidades-hospitais. Determinei que Orvieto, Perugia, Urbino e Siena não fossem defendidas. Ravenna foi evacuada sem que se disparasse um tiro".

Diz o general Siegfried Westphal: "Um coração generoso e sensível. Fez muito pelos italianos, principalmente pelos civis. Impediu a destruição de cidades famosas e históricas. Talvez ninguém tenha ainda reconhecido à altura, essa sua bondade. Certamente, tinha perdido a guerra, assim, processaram-no e o condenaram. Na guerra, a culpa é sempre de quem perde. Quando se combate durante tantos anos, é fácil enganar-se".



O caso de Marzabotto

Marzabotto, Sant'Anna de Stazema, Boves, Bassano del Grappa, Villa Marzano, a Benedicte. Nomes esses que recordam morticínios e sofrimentos. Quando lhe falei sobre as Grutas Ardeatinas, disse: "A ordem veio de Hitler. Fiz de tudo para que fosse mitigada". Marzabotto entrava na lógica da guerra. Kesselring considerava os partigiani "sabotadores... canalhas... que roubavam, matavam e saqueavam". Esquecia-se de que era o superior daquelas tropas que, em Cefalonia e em Corfù, "por vingança", haviam passado pelas armas 8.400 homens, entre soldados e oficiais.

Quando compareceu diante da Corte Marcial britânica que deveria julgá-lo, declarou: "Assumo a responsabilidade apenas pelos meus comandados. Se errei como chefe e como homem, as conseqüências desses erros devem cair apenas sobre mim. Porém, jamais reconhecerei leis punitivas emanadas apenas contra os alemães. Muitíssimos alemães e muitíssimos estrangeiros não me negam seu respeito como homem e como soldado. Conscientemente tranqüilo, posso deixar que a História julgue meu comportamento militar, e conscientemente tranqüilo, estarei diante de meu Deus".

"Vossa decisão, senhores juízes, atingir-me-á materialmente, mas moralmente golpeará os demais chefes militares de todo o mundo, que se encontraram, ou se encontrarão, nas minhas condições. Aguardo vossa condenação de pé, sem inclinar a cabeça, de vós que, como eu, combatestes na mesma frente. Essa, seja qual for, saberei suportá-la. Aprendi, nesse período da mais funda humilhação de minha vida, a erguer-me acima de minhas misérias".

Em 9 de março de 1945 Hitler ainda lhe fornece uma prova de sua consideração: retira-o do setor italiano e manda-o, no lugar de von Rundstedt, comandar a defesa da frente ocidental. Kesselring não tem mais ilusões, mas anota em seu diário: "Ainda em 12 de abril o Fuehrer se mantinha otimista. Desde o início da ofensiva russa ele vive num mundo irreal". Mesmo assim, serve devotadamente o seu chefe até o último dia. Depois do cárcere e da morte da mulher, Luisa, vive solitário na casinha à beira do lago Tegern, onde estão guardados seus uniformes, suas medalhas, as páginas que escreveu quando marechal e quando esteve preso. Uma velha governanta ocupa-se dele, e mantém afastados os indiscretos. Recebe poucas visitas: mesmo os amigos já se foram. Morre aos 74 anos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Os diários da Husky

As lembranças do General Patton sobre o início da invasão na Sicília e suas conclusões sobre a ação decorrente.

O I Corpo Blindado, que planejou a campanha da Sicília, era constituído pelo que restara da Força-Tarefa Ocidental, depois de fornecer oficiais e soldados para o recém-criado 5º Exército. O efetivo do Corpo foi reforçado para a invasão da Sicília e, após o desembarque, veio a constituir o 7º Exército.

As Forças Terrestres aliadas, sob o comando do General Sir Harold Alexander, compreendiam o 8º Exército inglês, comandado pelo General Montgomery, e o 7º Exército americano, comandado pelo General Patton. As Forças Navais eram comandadas pelo Almirante Sir Andrew Cunningham e as Forças Aéreas pelo Marechal-do-Ar Sir Arthur Tedder.

Os exércitos desembarcaram no dia 10 de julho de 1943, com o 8º Exército no lado sudeste da ilha e o 7º Exército no lado sudoeste. Na noite de 16 de agosto, elementos do 7º Regimento de Infantaria, da 3ª DI, comandado pelo Coronel H. B. Sherman, entraram em Messina. A queda da Sicília ocorreu na manhã do dia 17, quando o General Patton entrou naquela cidade. A campanha durara 38 dias.


P. D. H.

OS DIÁRIOS DA INVASÃO DA SICÍLIA

11 de julho de 1943

Eu, o General Gay, o Capitão Stiller e alguns soldados saímos do Monróvia no batelão do almirante às 9 horas, e chegamos na praia, em Gela, às 9h30min.

Na praia vi dois DUKW, destruídos por minas e sete embarcações de desembarque encalhadas na areia. Enquanto fazia esta observação o inimigo abriu fogo, provavelmente com um canhão de 88 ou 105 mm. As granadas explodiram dentro da água, a uns 30 metros da praia, mas não podiam atingir a areia por causa do desenfiamento proporcionado pelos prédios da cidade. Assim que retirassem o material que fizera o nosso carro de reconhecimento flutuar, era minha intenção avançar até o QG da 1ª Divisão de Infantaria, cerca de 5 quilômetros para sudeste e a cavaleiro da estrada litorânea. Ao entrarmos em Gela observamos uma flâmula à nossa esquerda e resolvemos visitar o Coronel W. O. Darby, comandante dos Rangers. Foi uma decisão feliz; se houvéssemos avançado pela estrada, teríamos encontrado sete carros de combate alemães que, naquele momento, progrediam pela estrada em direção à cidade.

Tripulação do tanque "Eternity" buscar seu veículo após o desembarque na Praia Vermelha 2, na Sicília

Quando chegamos no Posto de Comando dos Rangers o Coronel Darby e a cidade de Gela sofriam um ataque de alemães e italianos, vindo do nordeste. Darby dispunha de uma bateria de canhões 77 mm, capturada aos alemães, da 8ª companhia do 3º batalhão do 26º RI, de dois batalhões de Rangers, de uma companhia de morteiros 4.2 e de um batalhão do 59º Regimento de Engenharia.

Esta força ficara isolada da divisão, pelo lado direito, em conseqüência da progressão dos sete carros de combate, já agora a uma distância de 1.000 metros da orla da cidade. Dirigimo-nos para um Posto de Observação situado 100 metros à retaguarda da linha de contato; dali podíamos ver o inimigo progredindo através do campo, talvez uns 800 metros à nossa frente.

Darby ordenara que as estradas fossem patrulhadas por viaturas meia-lagarta. Estas viaturas não se destinavam a ações de combate e sim ao transporte de material de Engenharia; todavia, trabalharam tão bem e fizeram tanto barulho que perturbaram a progressão dos italianos, os quais parecem que não dispunham de apoio de Artilharia.

A progressão italiana cessou por volta das 11h50min; voltamos ao PC de Darby para averiguar o que se passava do lado direito, região que podia ser avistada de dentro de Gela.

Ao chegarmos lá, dois bombardeiros Hurricane despejaram bombas sobre a cidade. Depois, a Artilharia alemã abriu fogo com os canhões de 88mm. O edifício onde nos encontrávamos foi atingido duas vezes; o teto do prédio situado do outro lado da rua também foi atingido, mas ninguém ficou ferido, com exceção de alguns civis. Nunca ouvi tanta gritaria como naquela ocasião. Neste momento chegou um oficial da 3ª DI trazendo dez carros de combate, vindo de Licata para Gela pela estrada litorânea. Chegaram também dois carros de combate do Grupamento Tático B.

Disse a Gaffey para fechar a brecha entre Gela e a 1ª DI e para mandar uma companhia de carros de combate para ajudar Darby. A ordem foi cumprida. Darby contra-atacou imediatamente, na esquerda, e fez 500 prisioneiros. Também destruímos os sete carros de combate alemães, na direita.

O oficial recém-chegado explicou-me a situação da 3ª DI; chegou também o General Roosevelt (sub-comandante da 1ª DI) e conversei com ele a respeito do fracasso da 1ª DI na conquista do objetivo, na noite anterior. Na minha opinião o motivo do fracasso residiu no fato de a divisão haver atacado sem canhões anticarro e sem desdobrar a sua Artilharia. É verdade que a reação a um contra-ataque dos CC (carros de combate) alemães foi muito boa, inclusive com a destruição de vários dos nossos carros. Acho que foram destruídos 14 carros de combate inimigos naquele dia. Eu, pessoalmente, contei onze.

Decidi, então, ir ver o General Allen e o General Gaffey.Já na estrada, encontramos o General Allen viajando em sentido contrário ao nosso; paramos no alto de uma colina. Eram 15h30min. De repente, apareceram 14 bombardeiros alemães e a nossa Artilharia antiaérea abriu fogo. Saímos da estrada, mas como o traçado da mesma era paralelo à direção de vôo dos aviões inimigos, os estilhaços das granadas antiaéreas começaram a cair na estrada. Um estilhaço caiu a 5 ou 10 metros do local em que estávamos eu e o General Gay. Durante esta incursão vi dois bombardeiros e um outro avião serem abatidos.

Passado o ataque voltamos às viaturas e nos dirigimos para o QG da 2ª Divisão Blindada. Enquanto permanecemos lá uma bateria alemã ficou atirando contra o quartel-general, mas a pontaria não era boa, ou a colina atrás do QG nos deixava desenfiados; de qualquer maneira, todos os tiros foram longos. Combinamos que Allen e Gaffey conquistariam o aeroporto de Ponte Olivo na manhã seguinte.

Regressamos a Gela sem nenhum acidente; creio não ser comum um comandante de exército e seu chefe de estado-maior viajarem 10 quilômetros em uma estrada paralela às linhas de frente de dois exércitos.

Durante a viagem de volta fiquei olhando, despreocupadamente, para o mar. Saía fumaça de um navio classe Liberty que fora bombardeado pelos alemães. Diante dos meus olhos uma explosão monumental lançou nuvens brancas e pretas a vários metros de altura. O navio partiu-se em dois, mas a parte da popa ainda flutuou durante seis horas. Quase todo o pessoal do exército que se encontrava a bordo, cerca de 115 homens, foi salvo.

Enquanto aguardava, na praia de Gela, a embarcação que nos levaria de volta ao Monróvia, vi a coisa mais tola que os soldados poderiam fazer. Estavam empilhadas, na areia, cerca de 300 bombas de 250 quilos e sete toneladas de granadas explosivas de 20 mm; os soldados cavavam abrigos individuais entre as bombas e as caixas de munição. Disse-lhes que estavam procedendo corretamente se quisessem poupar o trabalho de serem enterrados pelo pelotão de sepultamento; se desejassem poupar suas vidas, seria melhor cavar em um outro lugar.

Enquanto dava esta explicação, surgiram dois bombardeiros Stuka e metralharam a praia; todos os soldados correram para os buracos que haviam cavado. Continuei a caminhar pela praia e, assim, convenci-os a saírem dos buracos. Chegamos ao Monróvia às 19 horas, completamente encharcados. Acho que este foi o primeiro dia desta campanha no qual fiz jus aos meus vencimentos.


Durante a invasão aliada da Sicília, a SS Robert Rowan (navio Liberty K-40) explodiu após ser atingido por um Ju 88 bombardeiro alemão fora de Gela, na Sicília (Itália), em (11 de julho de 1943).



18 de julho de 1943

Continuamos a progredir, com vários dias de adiantamento em relação ao planejado desde o assalto bem sucedido contra as praias, executado antes do alvorecer do dia 10. Conseguimos isto, graças ao fato de não deixar o inimigo parar a partir do momento em que começou a recuar, isto é, nos mantivemos, por assim dizer, sempre nos seus calcanhares.

Nosso sucesso também se deve ao fato de os alemães e italianos haverem gasto muito tempo, trabalho e dinheiro na construção de posições defensivas. Tenho certeza que, como no caso das muralhas de Tróia e das muralhas romanas espalhadas pela Europa, o fato de confiarem em posições defensivas reduziu-lhes a capacidade de combate. Se houvessem despendido em combate um terço do esforço gasto na construção de fortificações de campanha, por certo não teríamos conquistado suas posições. Por outro lado, as unidades italianas, quase todas provenientes do norte da Itália, combateram de forma desesperada. As unidades alemãs não lutaram tão bem quanto as que destruímos na Tunísia. Este julgamento aplica-se particularmente aos carros de combate. Os alemães revelaram bravura, mas adotaram decisões erradas.

Os números de prisioneiros, de canhões capturados etc., são mais convincentes do que as palavras para demonstrar o sucesso da nossa operação. As comparações são odiosas, mas acho que até ontem o 8º Exército inglês não fez mais de 5.000 prisioneiros.

O inimigo colocava armadilhas no cadáver dos seus mortos, atirava em nós pela retaguarda depois que o ultrapassávamos e estava utilizando bala dum-dum. Tudo isto nos custou algumas baixas, mas o inimigo sofreu muito mais. Nos campos ao sul do aeroporto de Biscari, onde ocorrera um combate violentíssimo, eu senti o cheiro de corpos em decomposição em ambas as margens da estrada pelo menos até afastar-me 10 quilômetros do aeroporto.

Em diversas ocasiões, os alemães semearam minas na retaguarda dos italianos; quando os italianos corriam, acabavam explodindo. É claro, por outro lado, que os italianos não gostavam dos alemães.

Os italianos também praticaram atos de bravura. No dia 10, alguns carros de combate italianos entraram na cidade de Gela, que era defendida pelo Coronel Darby com dois batalhões de Rangers. Com a metralhadora leve do seu jipe Darby engajou um dos carros de combate, a uma distância de 50 metros. Ao verificar que os projeteis não penetrariam no carro, Darby desceu até a praia sob o fogo de três carros de combate, apanhou um canhão de 37mm, que acabara de ser desembarcado, abriu uma caixa de munição com uma machadinha, subiu a colina até a cidade e ocupou posição com o canhão a menos de 100 metros na frente de um carro que descia sobre ele. O primeiro tiro não deteve o carro, o que só foi conseguido com o segundo disparo. Apesar disto, a guarnição não abandonou o carro enquanto Darby não abriu uma escotilha e atirou uma granada de termite lá dentro.

No dia seguinte, este mesmo oficial - Darby - foi proposto para o comando de um regimento, com promoção ao posto superior na sua patente de tempo de paz; recusou tudo só para poder continuar combatendo junto com os homens que ele próprio instruíra. No mesmo dia, o General-de-Brigada Albert C. Wedemeyer solicitou rebaixamento a coronel, a fim de poder receber o comando de um regimento. Considero os dois atos como da maior relevância.

O tenente-coronel Lyle Bernard, CO, Inf 30. Regt., a prominent figure in the second daring amphibious landing behind enemy lines on Sicily's north coast, discusses military strategy with Lt. Gen. George S. Patton . Regt., Uma figura proeminente no desembarque anfíbio ousadia segundo atrás das linhas inimigas, na costa norte da Sicília, discute estratégia militar com o general George S. Patton. Near Brolo. Próximo Brolo. 1943. 1943

Durante o desembarque, um tenente de Artilharia decolou de uma embarcação de desembarque com o seu avião Piper Cub, depois de correr 15 metros em cima de uma pista improvisada com cerca de arame. Passou o dia inteiro voando sobre a cidade, apesar do fogo da defesa. O avião sofreu vários impactos, mas o observador aéreo manteve o comandante da 3ª DI informado sobre a situação.

Um oficial de Marinha conduzindo uma embarcação de desembarque de carros de combate (LCT) verificou que a lâmina de água não tinha profundidade suficiente para permitir o acesso de embarcação à praia. Decidiu avançar o máximo, encalhou a embarcação na areia e engajou as metralhadoras inimigas com os dois canhões de 20mm do seu barco; silenciou-as e possibilitou o desembarque das tropas que transportava.

O apoio de fogo naval - isto é, o fogo naval lançado sobre as praias pelos navios situados ao largo do litoral - representou um papel destacado. Chegamos a solicitar este apoio até durante a noite e conseguimos enquadrar o alvo já na terceira salva.

A população deste país é a mais miserável e esquecida por Deus entre todas as que já vi. Certo dia, eu estava na cidade quando o inimigo quase a reconquistou; algumas granadas mataram civis. Pois bem, todo mundo na cidade levou cerca de 20 minutos gritando que nem coiote.

Os animais recebem melhor tratamento, são mais gordos e maiores do que os animais na África; fora isto, tudo o mais por aqui é pior do que na África. As carroças são bem diferentes.Têm o formato de uma caixa com umas coisas que parecem pés de cama nos cantos e ao longo das bordas laterais. Os painéis que ficam entre esses pés de cama são desenhados com figuras. Na parte de baixo da carroça existe uma voluta, colocada entre o eixo e o fundo da caixa, parecida com as existentes nas varandas das casas construídas em 1880. A coleira do animal de tração possui um espigão apontado para cima, com cerca de 60 cm de altura, e alguns animais usam plumas na testeira da cabeçada.

Durante dois ou três dias, enquanto o combate se desenvolvia junto das cidades, os habitantes mostraram-se hostis; como demonstramos a nossa capacidade de destruir tanto alemães como italianos, tornaram-se americanófilos e passavam o tempo todo pedindo cigarros.


Fonte deste artigo: A guerra que eu vi - George S. Patton - Bibliex

sexta-feira, 5 de março de 2010

A pesquisa de Mengele sobre as diferenças nas cores dos olhos entre gêmeos adolescentes ciganos

Crianças ciganas vitimas de experiências medicas de Josef Mengele.  Reperem as pernas,os braços, e a face do 1º da esquerda. O 3º da direita pra esquerda esta com um orgão genital fora do comum pra uma criança. Mengele fazia castramentos, transplantes de ossos e membros, o que pode ter ocorrido com o garoto.

Os médicos nazistas realizavam experimentações absurdas em prisioneiros de campos de concentração com o intuito de promover a crença de “superioridade ariana” dos alemães. Houve casos de os médicos infringirem feridas à bala em prisioneiros, de infecção deliberada de prisioneiros com tifo e com outras doenças de campos de batalha, de exposição de prisioneiros a temperaturas muito baixas por períodos prolongados, além de apoiar abertamente a ideologia nazista quanto à defesa da eliminação de homossexuais, da esterilização dos judeus e outras ações indesejáveis. Outros experimentos nazistas incluíam forçar risioneiros a beber água do mar ou a respirar ar poluído por longos períodos de tempo, promover novas técnicas de castração e fazer transplantes de ossos e membros do corpo.

Posner oferece um arrepiante testemunho relativo à pesquisa de Mengele sobre as diferenças nas cores dos olhos entre gêmeos adolescentes ciganos, ilustrando a extensão de sua crueldade:

“...na sala de trabalho perto da sala de dissecação, 14 gêmeos ciganos estavam esperando e chorando. Dr. Mengele não nos dirigiu uma única palavra e preparou uma seringa de 10 centímetros cúbicos e outra de 15. De uma caixa, Mengele pegou Evipal e, de outra, clorofórmio, que estava em recipientes de 20 centímetros cúbicos, colocando tudo namesa de operação. Depois disso, o primeiro gêmeo foi trazido...uma garota de quatorze anos. Dr. Mengele ordenou que se despisse a criança e colocasse a cabeça dela na mesa de dissecação. Então, injetou Evipal intravenoso no braço direito da garota. Depois que ela adormeceu, ele sentiu o ventrículo esquerdo do coração e injetou dez centímetros cúbicos de clorofórmio. Depois de uma pequena convulsão, a criança estava morta...dessa maneira todos os 14 adolescentes foram mortos...”.

...Mengele, então, removeu os olhos de todos os gêmeos mortos e enviou para Berlim para a realização de estudos futuros..."

Apesar de quinze médicos nazistas terem sido julgados e sentenciados em Nurembergue, Joseph Mengele, o mais notável clínico do nazismo alemão, escapou.E viveu até sua suposta morte aqui no Brasil.

Fontes: Procter, R. 1992. Nazi Doctors, Racial Medicine, and Human Experimentation. In The Nazi Doctors and the Nuremberg Code. Annas, G. & Grodin, M., eds. New York. Oxford University Press: 17-31.
Schüklenk, U. Protecting the Vulnerable: Testing Times for Clinical Research Ethics. Social Science and Medicine 2000; 51: 969-977. Disponível em: http://www.wits.ac.za/bioethics/res.htm (acesso em 19.09.2003).

segunda-feira, 1 de março de 2010

Estrelas, triângulos e marcações

As estrelas, triângulos, e as marcações neste cartaz são símbolos usados pelos nazistas para isolar e identificar suas vítimas. Quase em toda parte sob o regime nazista os judeus eram obrigados a comprar e usar uma estrela de seis pontas de David, sempre que aparecia em público. A estrela amarela ou azul foi usado em uma braçadeira ou preso em uma camisa ou casaco. Prisioneiros  dos campo de concentração usavam crachás triangular que os identificavam por sua categoria de detenção. Muitos emblemas também identificaram a raça do portador ou nacionalidade. Triângulos amarelos foram para os judeus, triângulos vermelhos para os presos políticos, roxo para as Testemunhas de Jeová, rosa para os homossexuais, verde para criminosos, preto para os ciganos e "anti-sociais", e azul para os emigrantes. Letras impressas em crachás normalmente indicado nacionalidade.



(1) Estrela de Davi com a palavra francês Juif (judeu). France, 1942. França, 1942. (1989.045.01)
(2) Estrela de David braçadeira, Governo Geral, ca. November 1939-May 1943. Novembro 1939-maio de 1943. (1990.051.08)
(3) Estrela de Davi com a palavra alemã Jude (judeu), Checoslováquia. (1989.205.0 1)
(4) Estrela de David botão, Bulgária, 1942. (1991.135.01)
(5) Triângulo vermelho bordado de preto com "T" inicial para Tschechoslowakei (1989.303.27)
(6) Estrela de Davi com o holandês palavra Jood (judeu), Holanda, 1942. (1990.145.01) (1990.145.01)
(7) Etiqueta de identificação emitido para Bronia Eiger-Sitner, um operário forçado judeu em uma fábrica de munições em Radom, Polônia, 1944.  Anexado a etiqueta de identificação com a corda azul é um coração de plástico vermelho e uma mezuzá (um rolo de papel ritual judaico). Fundo de papel é usado para fins fotográficos, (1919.171.11)
(8) Triângulo amarelo com "U" (Hungria ou a Hungria), Buchenwald, abril de 1945. (1989.295.07)
 (9) Triângulo roxo com o número de prisioneiro 46436 emitida em Sachsenhausen Albert jahndorf. (1989.240.02)
(10) Estrela de David usado na Hungria, março de 1944. (1988.064)
(11)  Patch usado para identificar um trabalhador polonês civil no Reich alemão, 1940-1945. (1990.259.02) 
(12) Triângulo roxo com prisioneiro número 1989 emitida em Ravensbrück a Luise jahndorf (1989.240.01)

Fonte:  Museu Memorial do HolocaustoEstados Unidos.  Fotografia de Arnold Kramer.