quinta-feira, 21 de julho de 2011

Túmulo de Rudolf Hess é destruído para pôr fim à peregrinação neonazista

Esta foto de 1938 mostra o chanceler alemão, Adolf Hitler
e seu representante pessoal Rudolf Hess durante um desfile em Berlim.
O túmulo de Rudolf Hess em Wunsiedel, no sul da Alemanha, foi destruído depois de os restos mortais do líder nazista terem sido exumados, confirmaram nesta quinta-feira (21/07) representantes da igreja evangélica local. A informação havia sido publicada pelo jornal Süddeutsche Zeitung.

Os restos mortais de Hess, que na condição de representante de Hitler foi o número dois na hierarquia nazista, foram exumados no início da manhã desta quarta-feira. Eles foram incinerados logo em seguida e serão lançados ao mar, atendendo a pedido dos descendentes do líder nazista.

A comunidade evangélica de Wunsiedel decidiu negar à família a prorrogação do arrendamento do túmulo, vencido desde 2007. A neta de Hess chegou a entrar na Justiça contra a decisão, mas acabou cedendo e concordando com a remoção da sepultura.

O túmulo de Hess foi durante mais de duas décadas local de peregrinação de grupos neonazistas. Com a remoção da sepultura, a comunidade espera que as marchas neonazistas na cidade tenham fim.

Condenado em Nurembergue

Hess foi condenado à prisão perpétua nos Julgamentos de Nurembergue, ao final da Segunda Guerra Mundial. Ele cometeu suicídio em 17 de agosto de 1987 na sua cela na prisão berlinense de Spandau, aos 93 anos.

Os restos mortais foram sepultados em Wunsiedel, atendendo a desejo do próprio Hess. Desde então, o túmulo se converteu em local de peregrinação para a extrema direita alemã. Principalmente nos dias 17 de agosto, quando centenas de neonazistas se dirigiam à pequena cidade de 10 mil habitantes. Na cena neonazista alemã, Hess era considerado um mártir.

Nos últimos anos, os desfiles neonazistas em Wunsiedel tinham sido sistematicamente proibidos pelas autoridades, mas a extrema direita obtinha a autorização nos tribunais, invocando o direito à liberdade de manifestação, constitucionalmente protegido. Os tribunais alemães impunham como condição, no entanto, que não houvesse quaisquer referências a Hess.

3 comentários:

  1. Voltou ao pó, tal qual o destino que seus amigos nazistas fizeram com milhões de seres humanos vítimas de seus desvarios e maldosa perseguição. Não merecem (nazistas) mesmo nem mais um R.I.P. !

    ResponderExcluir
  2. Até depois de morto o cara trazia problemas.

    ResponderExcluir
  3. Porque fazer as vontades de um(vou chamá-lo de ser humano, porem acho errado minha definição) ser humano que privou e usurpou milhões de outros de concretizarem as suas próprias vontades?
    Deveriam tê-lo enterrado como indigente...no chão...em terra batida...assim como vários judeus e outros perseguidos por esses facínora.

    ResponderExcluir

Favor, sem ofensas, comentários racistas, antissemitas, homofóbicos e semelhantes...

Racismo é crime (Lei 7.716/89).

Não irei liberar comentários que ataquem outras pessoas.