domingo, 8 de julho de 2012

Carta revela que Hitler deu proteção um ex-colega judeu





Documento certifica o desejo de Hitler de proteger seu antigo companheiro de armas da política antijudia do regime nazista

Ernst Hess, meados de 1918.
France Presse

Berlim - Uma carta encontrada recentemente revela que Adolf Hitler deu temporariamente sua proteção a um oficial judeu do exército, que lutou com ele na Primeira Guerra Mundial, informou neste sábado a historiadora Susanne Mauss, autora da descoberta.

O documento, datado de 1940 e que leva o selo do chefe das SS, Heinrich Himmler, certifica o desejo de Hitler de proteger seu antigo companheiro de armas da política antijudia do regime nazista.

O "Jewish Voice from Germany" publica uma cópia do documento encontrado por Mauss, membro do comitê de redação desta publicação.

O documento indica que Ernst Hess, então juiz do tribunal de Dusseldorf, "esteve durante a guerra de 1914-1918 na mesma companhia que o Führer e foi provisoriamente o chefe dessa companhia".

Apesar de reconhecer explicitamente Hess como "judeu com quatro avós judeus", a carta enfatiza o desejo de Hitler de que se considere "com benevolência" a demanda de Hess de gozar de tratamento especial.

A carta termina com um convite às autoridades competentes a "deixar em paz" o interessado.

No entanto, segundo a historiadora, a proteção do Führer foi apenas temporária entre 19 de agosto de 1941, a data do documento, e a primavera de 1941, quando Hess foi deportado para o campo de Milbertshofen, perto de Munique.

"O documento se refere ao 'desejo' ('Wunsch' em alemão) do Führer e isso é algo realmente surpreendente", afirmou Susanne Mauss à AFP.

Segundo ela, citar Hitler neste tipo de documento era um fato excepcional.


Mauss encontrou a carta quando estava preparando uma exposição chamada "Advogados sem direitos" sobre a história dos advogados judeus no distrito de Dusseldorf.

Ernst Hess, cuja filha, Ursula, tem agora 86 anos, sobreviveu à guerra e morreu em 14 de setembro de 1983, em Frankfurt. Sua irmã Berta morreu depois de ser deportada.


Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2012/07/07/interna_mundo,311054/carta-revela-que-adolf-hitler-deu-protecao-a-um-ex-colega-judeu.shtml


No Yahoo:
http://br.noticias.yahoo.com/hitler-protegeu-judeu-veterano-primeira-guerra-mundial-200348988.html


Adendo:

Antes de ler a matéria, vamos desmistificar a propaganda antissemita que já está rolando nos meios, como se Hitler adorasse judeus,  pois como sempre, esse pessoal "revi" não tem ao minimo a capacidade de interpretação ou mesmo leitura e usa das manchetes sensacionalistas de tabloides para espalhar suas enlouquecias ideias.

Conforme matéria do Jewish Voice, temos uma parte da noticia contando sobre o assassinado de Berta Hess, e tem a vida de Ernest Hess e os trabalhos forçados:


"...
Ernst Hess foi deportado para Milbertshofen, um campo de concentração para judeus perto de Munique, onde ele foi forçado a labuta sob a vigilância de oficiais da SS. Mais tarde, ele foi designado para o barraca de construção da firma L. Ehrengut como um trabalhador comum, e alojado pela Gestapo em uma "Casa judia" de propriedade do joalheiro Karl Silberthau em Nibelungenstrasse 12. 

A única coisa que ainda proteger Ernst Hess da deportação era o seu "casamento miscigenado privilegiado" de Margarete Hess. Após Ehrengut ser destruído pelas bombas aliadas em 1943, Hess foi designado ao encanador Georg Grau, servindo como um trabalhador forçado até 20 de abril de 1945. 
..."

Pelo visto, a vida dele não foi boa, mesmo com a "ajudinha" de Hitler.

Mais sobre a liberação de pessoas de sangue judeu (muitos durante um certo tempo somente), ver o livro 'Os soldados judeus de Hitler", de Brian Mark Rigg.
Sobre o livro, cuidado com a utilização de certas pessoas com más intensões que citam o titulo de livro como se o exercito alemão fosse cheio de judeus de forma normal, mas não era bem assim. O livro mostra realmente a perseguição que esses "judeus" sofriam, e continuavam sofrendo a cada dia mais até o fim da guerra.


Tradução: Daniel Moratori (avidanofront.blogspot.com.br)
Fonte:
Ver a matéria completa aqui, onde contem todas as informações:
http://jewish-voice-from-germany.de/cms/hitlers-jewish-commander-and-victim/





4 comentários:

  1. Hitler foi um filho da puta miserável que sem duvida alguma odiava os judeus, e obviamente o fato dele ter dado uma "ajuda" (Que nem foi tão ajuda assim, afinal ele acabou indo pra um campo de concentração mesmo assim.

    Mas tem um outro caso, de um judeu que Hitler teria "ajudado", que é o médico da mãe dele, não sei se você já ouviu falar? Eduard Bloch, que foi o médico que tratou dela quando ela tava doente e tal.. E Hitler quando ocupou a Áustria, permitiu o médico se mudar para os EUA, dizem que Hitler tinha uma certa consideração por ele, pela forma que ele tinha tratado a mãe dele.

    Dizem, não sei se isso é verdade, que Hitler teria chamado sobre esse "Eduard Bloch" de "Edeljude" (Judeu Nobre), enfim, de qualquer forma o fato dele ter permitido 1 judeu ir embora da Europa antes dele começar o holocausto, não faz de Hitler um ser humano melhor.

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    1. Mas, o que dizer dos judeus que declararam guerra à Alemanha em 24 de março de 1933, como estampa a capa do jornal Daily Express do referido dia. Para mim fica claro que judeus que estavam com a Alemanha foram considerados alemães e os que estavam contra eram inimigos, assim como os japoneses que viviam nos Eua e foram encarcerados em campos de concentração também.

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  2. concordo plenamente com o Eric .

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  3. É realmente o revisionismo praticado por, muitas vezes, analfabetos está virando moda, um achado desses é um prato cheio para pessoas sem conhecimento algum, além do conhecimento que lhe é conveniente, saírem defecando suas regras baseadas em preconceitos.

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