sábado, 22 de fevereiro de 2014

Entidade judaica mundial pede que Hungria reavalie memorial da Segunda Guerra


BUDAPESTE, 14 Fev (Reuters) - O Congresso Judaico Mundial fez um chamado à Hungria nesta sexta-feira para que reconsidere os planos de erguer um monumento de recordação da ocupação alemã em 1944 e procure dialogar mais com a comunidade judaica do país.

Grupos judaicos húngaros dizem que o monumento é parte de uma política oficial de ocultar o papel desempenhado por húngaros na deportação e assassinato dos judeus do país durante a Segunda Guerra Mundial.

A Associação das Congregações Judaicas Húngaras decidiu este mês que irá boicotar os eventos de recordação do 70o aniversário da decisão de junho de 1944 de enviar 437.000 judeus para os campos de morte nazistas, a menos que o primeiro-ministro Viktor Orban atenda a seus pedidos.

O presidente do Congresso Judaico Mundial, Ronald Lauder, disse em um comunicado que ele apoia plenamente a decisão do grupo húngaro de promover um boicote.

"Se Viktor Orban e o governo húngaro acreditam seriamente que a estátua também deva ser um memorial às vítimas judias, pelo menos eles deveriam ouvir as preocupações da comunidade judaica, levá-las em consideração, e reconsiderar seus planos", disse Lauder em um artigo publicado na edição de sábado do diário húngaro Nepszabadsag.

O anti-semitismo continua sendo um tema sensível na Hungria, que tem uma forte comunidade judaica, de 100.000 pessoas, uma das maiores da Europa.

(Reportagem de Krisztina Than)
Fonte: Reuters

4 comentários:

  1. Acho que vão esperar sentados por alguma mudança de "postura" desse governo da Hungria (esqueci o nome do partido do governo, de direita) pois eles tentam agradar o Jobbik (extrema-direita, fascista e antissemita) no que podem apesar de negarem que concordem com o Jobbik (joguete político pra não ficar queimado). Leste europeu é o antro do fascismo na Europa, embora a coisa se alastra pela França e outros países da dita Europa ocidental.

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    1. A Hungria é complicada, o antissemitismo ali é forte, acho que um dos maiores da Europa. Pior é ver o Jobbik tendo apoio da população normalmente. Sempre achei a Hungria muito mais antissemita do que outros países, mesmo não levando a cabo o extermínio como o fez a Alemanha.

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  2. Daniel, ela não "levou a cabo", ela "terceirizou" o serviço, deixou a Alemanha nazi fazer, deportou a maior parte dos judeus húngaros pra Auschwitz sabendo do que ia acontecer (extermínio). E pode ver que nenhum país desses é rechaçado pela Alemanha ou UE, é como se não "rolasse nada", vide o caso ucraniano agora que escancarou a falta de escrúpulos da UE e dos EUA com esses bandos de extrema-direita (eles não se importam muito com o crescimento disso por lá porque acham que têm "controle" desses bandos, quero ver quando um grupo desses chegar ao poder de um país grande com arsenal nuclear qual será a desculpa da UE, se ainda existir e dos EUA pra palhaçada que andam fomentando).

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  3. Realmente, não há muita coisa contra esses grupos, ficam somente nesse papo de que são minorias e controláveis, mas como a onda que apareceu na Ucrânia, em vez de ser repelida, ganha apoio da UE e dos EUA. Não quero nem pensar em um grupo desses com armas nucleares, é algo muito perigoso.

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