Chefe da Procuradoria de Ludwigsburg, Kurt Schrimm, em foto de arquivo |
Idade avançada dos suspeitos pode dificultar julgamento; 'Maior inimigo é o tempo', diz chefe de procuradoria
A entidade alemã que investiga crimes de guerra nazistas afirmou nesta terça-feira (3) que recomendou a abertura de processos contra dezenas de supostos ex-guardas de Auschwitz, levantando a possibilidade de uma nova onda de julgamentos quase 70 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Kurt Schrimm, o chefe da Promotoria de Ludwigsburg, disse que uma investigação de 49 suspeitos colheu evidências suficientes para recomendar aos procuradores de Estados que julguem 30 deles por serem cúmplices de homicídios na Alemanha.
Outros sete suspeitos que vivem fora do país ainda estão sob investigação, dois não conseguiram ser encontrados, e um outro já tinha seu caso sendo tratado pela promotoria, segundo Schrimm. Aqueles que vivem fora da Alemanha estão na Áustria, Brasil, Croácia, EUA, Polônia e até Israel, disse Schrimm sem dar mais detalhes.
Os nomes e as cidades natais dos suspeitos não foram divulgados. Schrimm disse que o suspeito mais velho nasceu em 1916 e o mais novo, em 1926.
Os casos estão sendo enviados às promotorias responsáveis em 11 dos 16 Estados da Alemanha. Caberá a eles determinar se os suspeitos mais velhos - primeiramente homens, mas também mulheres - estão em condições de comparecer à corte e enfrentar indiciamentos. "O maior inimigo é o tempo", disse Schrimm aos repórteres.
Acusações de cumplicidade em homicídios podem ser apresentadas a partir da jurisprudência que o Ministério Público de Munique usou para julgar o ex-mecânico de Ohio John Demjanjuk, que morreu em uma enfermaria da Bavária no ano passado, enquanto aguardava um recurso por sua condenação em 2011 por ter trabalhado em um campo de extermínio em Sobibor, segundo Schrimm.
Demjanjuk, que nasceu na Ucrânia, foi o primeiro condenado na Alemanha apenas por ter trabalhado como guarda em um campo de concentração, sem nenhuma evidência de envolvimento específico em mortes.
Sob a nova jurisprudência, qualquer um envolvido na operação de um campo de concentração pode ser considerado um cúmplice. Demjanjuk afirmava que havia sido confundido com outra pessoa e que nunca havia trabalhado como guarda em um campo de extermínio.
Schrimm afirmou que até os guardas que trabalharam nas cozinhas dos campos de concentração desempenharam uma função em um local que existia com o propósito de matar pessoas em massa.
Ele afirmou que as condições de saúde dos suspeitos - e de possíveis testemunhas - podem dificultar que os julgamentos de fato ocorram. "Eu não quero criar expectativas excessivas", disse.
Os nazistas construiram seis campos de concentração principais, todos eles na Polônia ocupada: Auschwitz, Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor e Treblinka. Cerca de 1,5 milhão de pessoas, a maioria judeus, foram mortas somente em Auschwitz entre 1940 e 1945.
O escritório de Schrimm agora está focado em outros campos de concentração, começando com investigações de toda a equipe que trabalhava em Majdanek. Ele afirmou que especialistas divulgariam resultados das investigações sobre este campo de concentração em seis meses.
Fonte: Ultimo segundo IG
Fonte: Ultimo segundo IG
ResponderExcluirPorque será que os tais anjos arcanjos ou similares não fizeram nada,como tambem ignoraram Gengis Khan com mais de quarenta milhões de mortes em 25 anos . Pergunta inutil porque não tem resposta/////// ////??:?: