9º Batalhão de Policia |
Em fins de julho de 1941, o regimento sob minhas ordens marchava para Schitomir, onde teríamos ins dias de descanso. Quando, acompanhado pelo meu Estado-Maior, na tarde do dia da chegada, ocupei a casa que nos fora destinada, ouvi, bastante próximo, uns tiros de espingarda e pouco depois disparos isolados de pistola. Decidi perguntar sobre que se tratava. Na companhia do meu ajudante e do oficial de serviço, os tenentes von Bassewitz e Müller-Brodmann, dirigi-me para o local de onde procediam os disparos. Logo constatamos que eramos testemunhas de um horrendo espetáculo. Vimos nu,erosos soldados e civis indo para um pequeno declive onde conforme nos disseram, cumpria-se cada dia um sem fim de execuções.
Subimos num monte e então vimos o espetáculo em toda a sua amplitude. No declive tinham cavado uma vala de uns sete ou oito metros de comprimento e quatro de largura de largura e a terra fora amontoada a uma lado. Esta terra estava manchada de sangue. A mesma vala estava cheia de cadaveres de ambos os sexos e era dificil calcular o seu numero, pois não se podia ver a sua profundidade.
Distinguimos um pelotão de execução constituido por agentes de policia sob as ordens de um oficial também da policia. Os uniformes dos agentes estavam manchados de sangue. Vimos muitos soldados dos regimentos designados para aquele setor, alguns apenas em traje de banho, que assistiam as execuções . Além deles, camponeses, mulheres e crianças,. Aproximei-me da vala e deparei um quadro dque não esquecerei enquanto viver. Um ancião, a barba completametne branca, ainda dava sinais de vida. Supliquei a um dos agentes que lhe desse o tiro de misericordia. Ele me respondeu: Já enfiei sete balas no corpo dele. Morrerá sozinho.
Os cadáveres ficavam estendidos na vala, na mesma posição em que tinham caido. Muitos ainda viviam e os oficiais disparavam-lhes o tiro de misericórdia na nuca.
Pela minha participação na Grande Guerra e nas campanhas da França e Russia, fora testemunha de muitos fatos deploráveis, mas não me lembro de ter testemunhado coisa parecida.
Os cadáveres ficavam estendidos na vala, na mesma posição em que tinham caido. Muitos ainda viviam e os oficiais disparavam-lhes o tiro de misericórdia na nuca.
Pela minha participação na Grande Guerra e nas campanhas da França e Russia, fora testemunha de muitos fatos deploráveis, mas não me lembro de ter testemunhado coisa parecida.
Esta exposição de um comandante alemão poderia ser completada por centenas de outras testemunhas. Em todo o Leste, nas proximidades de todas as grandes povoações, tinham ocorrido fuzilamentos em massa.
Transição por: avidanofront.blogspot.com
Fonte: HEYDECKER, J. Joe; LEEB, Johannes. O processo de Nuremberg. Rio de Janeiro: Bruguera,1968, pg. 353-354
Transição por: avidanofront.blogspot.com
Fonte: HEYDECKER, J. Joe; LEEB, Johannes. O processo de Nuremberg. Rio de Janeiro: Bruguera,1968, pg. 353-354
Note-se o casal morrendo de mãos dadas,o amor rompido por quem dele nunca soube o que significa o mesmo.
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