domingo, 12 de julho de 2009

Wingate


Na Índia, a 26 de fevereiro de 1903, nascia Orde Wingate. Da sua infância, muito pouco se pode dizer. Foi uma criança comum. Lembram-se dele como "mal-arrumado, sujo até...".
Em novembro de 1920, aos dezessete anos Wingate passou do colégio secundário à Real Academia Militar de Woolwich. A 3 de fevereiro do ano seguinte, Orde Wingate começava a sua carreira militar, sem supor o futuro que o aguardava. Na Academia Militar manteve sua característica do colégio secundário. Não se destacou de modo nenhum, até pelo contrário, se fez notar como um aluno que dedicava às suas obrigações o mínimo tempo.
Em 1926, Wingate ingressou num curso de árabe organizado pelo Ministério da Guerra. Em março de 1927 prestou um exame preliminar, impressionando os professores pelos conhecimentos demonstrados. Em seguida, a pedido seu, foi transferido para o Sudão, onde foi encaminhado ao Corpo Oriental Árabe. Serviu ali durante os sete anos seguintes, assimilando intimamente a psicologia e as modalidades de vida dos nativos. Uma estranha semelhança com o legendário Coronel Lawrence decorre dessa sua permanência em terras africanas.
Em meados de 1936 foi designado para uma missão na Palestina, como oficial do Serviço Secreto. No mês de setembro desse mesmo ano partiu com a 5a Divisão para Haifa.
Na Palestina, Wingate dedicou-se com afinco ao estudo minucioso do problema árabe-judeu. Após longa série de conversações e observações pessoais, Wingate orientou suas simpatias para a causa sionista, da qual se converteu em defensor entusiasta. Durante todos os anos da sua permanência na Palestina, o melhor amigo de Wingate e sua esposa foi o Dr. Weizmann, líder sionista.
Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em junho de 1940, Wingate, que se achava ao comando de uma Brigada anti-aérea, foi proposto para comandar forças insurgentes dentro do território das possessões italianas na África.
A 19 de setembro partiu da Inglaterra, de navio, rumo à Cidade do Cabo, de onde se dirigiu por terra para o Egito. Concluídas na Etiópia as ações contra os italianos, com a derrota dos mesmos, período da vida de Wingate que encerrou uma fase da sua existência, o indomável chefe britânico partiu para Rangum a 27 de fevereiro de 1942. A queda da cidade nas mãos dos japoneses, modificou seu destino para Nova Delhi, onde chegou a 19 de março. Recebido imediatamente pelo General Wavell, foi incumbido de assumir o comando de todas as forças de guerrilheiros que operavam na Birmânia.
Posteriormente, sob as ordens de Wingate, essas forças levaram a cabo façanhas sem precedentes na luta na selva.
Na tarde de 24 de março de 1944, quando voava num bombardeiro Mitchell, Wingate desapareceu. No dia seguinte, 25, um piloto localizou os restos da catástrofe, e achou o capacete colonial do legendário Orde Wingate.
Winston Churchill declarou a respeito dele: "Um homem genial que podia ter sido um homem-destino". Sua vida e suas façanhas, assim como a sua extraordinária personalidade fazem pensar que, de fato, Wingate foi um homem destino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Favor, sem ofensas, comentários racistas, antissemitas, homofóbicos e semelhantes...

Racismo é crime (Lei 7.716/89).

Não irei liberar comentários que ataquem outras pessoas.