sábado, 21 de agosto de 2010

Um depoimento de Paul Blobel sobre a queima de corpos e destruição dos traços dos corpos de judeu mortos pelas Einsatzgruppen:



Eu, Paul Blobel, juro, declaro e afirmo em evidência:

1. Eu fui comandante do Sonderkommando 4A.

2. Depois de eu ter sido dispensado deste comando, eu deveria reportar a Berlim ao SS Obergruppenführer Heydrich e Gruppenführer Müller, e em junho de 1942foi-me confiada pelo Gruppenführer Müller a tarefa de destruir traços de execuções levadas a cabo pelas Einsatzgruppen no Leste. Minhas ordens eram de que eu deveria me reportar pessoalmente aos comandantes da Polícia de Segurança e SD, comunicar as ordens de Müller verbalmente e supervisionar sua implementação. Esta ordem era altamente secreta e o Gruppenführer Müller havia dado ordens de que devido à necessidade do mais alto sigilo, não deveria haver correspondência em conexão com esta tarefa. Em setembro de 1942, eu me reportei ao Dr. Thomas em Kiev e comuniquei a ordem a ele. A ordem não poderia ser executada imediatamente em parte porque o Dr. Thomas não estava disposto a executá-la, e também porque os materiais exigidos para a queima dos corpos não estavam disponíveis. Em maio e junho de 1943, eu fiz viagens adicionais para Kiev para tratar desse assunto e então, depois de conversas com o Dr. Thomas e com o líder da SS e da Polícia Hennecke, as ordens foram executadas.

3. Durante minhas visitas em agosto, eu mesmo observei a queima de corpos numa sepultura em massa próxima a Kiev. Esta sepultura tinha cerca de 55 m de comprimento, 3 m de largura e 2-1/2 m de profundidade. Depois que a cobertura havia sido removida, os corpos foram cobertos com material inflamável e incendiados. Levou cerca de dois dias até que a sepultura queimasse até o fundo. Eu mesmo observei que o fogo havia iluminado lá no fundo. Depois disso a sepultura foi preenchida e os traços praticamente destruídos.

4. Devido ao levantamento das linhas de frente, não foi possível destruir as sepulturas em massa mais distantes ao sul e ao leste, que haviam resultado de execuções pelas Einsatzgruppen. Eu viajei para Berlim em conexão com esse relatório, e foi enviado para a Estônia pelo Gruppenführer Müller. Eu comuniquei as mesmas ordens ao Oberführer Achammer-Pierader em Riga, e também ao Obergruppenführer Jeckeln. Eu retornei para Berlim a fim de obter combustível. A queima dos corpos começou somente em maio ou junho de 1944. Eu lembro que as incinerações ocorreram na área de Riga e Reval. Eu estive presente em tais incinerações próximas a Reval, mas as sepulturas eram menores ali e continham somente cerca de vinte a trinta corpos. As sepulturas na área de Reval estavam a 20 ou 30 km a leste da cidade, num distrito pantanoso e eu acho que quatro ou cinco sepulturas foram abertas e os corpos queimados.


5. De acordo com as minhas ordens, eu deveria ter ampliado minhas obrigações pela área inteira ocupada pelas Einsatzgruppen, mas devido à retirada da Rússia, eu não pude executar minhas ordens completamente...


18 de junho de 1947
//assinado// Paul Blobel


Fonte: Berenbaum, Michael, editor. Witness to the Holocaust. New York: HarperCollins. 1997. pp. 143-144
Tradução: Marcelo Oliveira

http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6262

Um comentário:

  1. Absurdo!Animais de farda,assasinos de multidões de mulheres e crianças ,covardes,scorias,sejam odiados e perseguidos eternamente pela humanidade.

    ResponderExcluir

Favor, sem ofensas, comentários racistas, antissemitas, homofóbicos e semelhantes...

Racismo é crime (Lei 7.716/89).

Não irei liberar comentários que ataquem outras pessoas.