domingo, 20 de dezembro de 2009

Relatório do Esquadrão de Reconhecimento da FEB na Itália

1ª DIVISÃO DE INFANTARIA EXPEDICIONÁRIA
1º ESQUADRÃO DE RECONHECIMENTO
RELATÓRIO ORGANIZAÇÃO
[Pelo Capitão Plínio Pitaluga]

Com a criação da 1ª D.I.E. [Divisão de Infantaria Expedicionária-FEB] em fins de 1943, o 2º Regimento Moto-Mecanizado, então sediado na Capital Federal, recebeu ordens para preparar um de seus Esquadrões para participar da Campanha da Itália. Foi designado o 3º Esquadrão de Reconhecimento e Descoberta. Somente em 4 de fevereiro de 1944 foi dada autonomia administrativa à nova Unidade que passou a ocupar um pavilhão de madeira ao lado do picadeiro da Escola das Armas, ficando entretanto subordinado ao 2º Regimento Moto-Mecanizado quanto à alimentação. Embora não dispondo de todo o material orgânico foi iniciada a instrução, visando inicialmente ao preparo moral e cívico. Em fevereiro e março de 1944, foram distribuídas 5 viaturas blindadas de reconhecimento e viaturas de rolamento misto [meia-lagartas], facilitando assim a formação dos motoristas. O selecionamento [sic] dos homens não foi completo, não se levando em conta especialização da Unidade. Isso prejudicou seriamente a formação dos motoristas, principalmente pela falta de reservas. A 9 de fevereiro de 1944 o 1º Esquadrão de reconhecimento foi incorporado a 1ª D.I.E. e a 11, deslocou-se para a região de Barra de Guaratiba onde realizou o 1º acampamento, visando principalmente o melhoramento do estado físico. Um oficial do Exército Americano, da reserva, foi designado para permanecer adido ao Esquadrão, orientando o emprego e manutenção do material de origem americana.

Com a mudança da Unidade para os pavilhões do Capistrano, muito embora sem o conforto necessário, a alimentação foi melhorada, procurando se adapta ao regimem americano. A instrução de tiro foi intensificada e as medidas burocráticas de declaração de herdeiros e fichas de desconto foram ultimadas. O Esquadrão participou do desfile do dia 24 de maio e realizou um exercício de emprego de Pelotão como demonstração ao Exmo. Snr. Cmt. Da 1ª D.I.E. Quando do embarque do 1º Escalão, O Esquadrão menos o 2º Pelotão, deslocou-se para o Retiro dos Bandeirantes onde esteve durante 4 dias, realizando principalmente exercícios de tiro de canhão, a.a. [armas automáticas] e morteiro 81mm.

Neste relatório aparecem duas fases de treinamento e entrada em ação correspondente ao 2º Pelotão que embarcou o 1º Escalão, e a outra fase ligada ao grosso do Esquadrão. Uma revisão do estado sanitário da Unidade, afastou 20% do efetivo. Esse claro foi preenchido, na véspera do embarque, por elementos do Depósito de Pessoal da F.E.B. O 2º Pelotão embarcou no dia 30/VI/1944, fazendo parte do 1º Escalão, no transporte americano - "Gen. Mann", tendo chegado a Nápoles no dia 16/VII/1944, dirigindo-se para Bagnoli, onde acampou.

2ª Parte

a) Fase de treinamento na Itália

O 2º Pelotão permaneceu em Bagnoli até o dia 30/VII/1944, quando foi transportado, em trem, para Tarquinia, onde começou a receber o material e intensificar a instrução de motorista e serviço em campanha. Um oficial [O comandante do destacamento, Capitão Flávio Franco Ferreira] e 5 praças foram [aperfeiçoar?] os conhecimentos sobre armamento e minas, em Caserta. No dia 5 de agosto o 1º Escalão da F.E.B. era incorporado ao Vº [sic] Exército Americano, de onde passou a receber as diretivas para a instrução, que entrou em uma fase intensiva, exigindo um esforço diário de 10,00 horas.

No dia 18/VIII/1944, o 2º Pelotão seguiu para Vada, entrando na 2ª fase de treinamento tendo participado de grande exercício realizado no norte de Vada. O oficial e praças fizeram estágio junto as unidades americanas que estavam em contato com os alemães.

3ª Parte

Transporte - (b)

O grosso do Esquadrão embarcou com o 2º escalão no dia 20 de setembro de 1944, no transporte americano Gen. Mann, desatracando o navio a 22.

No dia 6 de outubro de 1944 chegou a Nápoles, e a 9 em lanchas americanas o Esquadrão foi transportado para Livorno, onde chegou a 11. No mesmo dia, em viaturas seguiu para a área de estacionamento em Pisa, onde acampou. Todos os deslocamentos foram feitos em segurança e o estado sanitário da tropa não apresentou alteração sensível.

4ª Parte

Treinamentos

O Vº Exército, com os deslocamentos de elementos para a invasão do sul da França, atravessava uma crise de efetivos e também devido as condições topográficas encontrava-se na defensiva, detido nos contrafortes dos Apeninos.

Não havia necessidade de tropa de reconhecimento e daí a decisão de se deixar o Esquadrão em último lugar na ordem de preferência para o recebimento de material. Inicialmente foram entregues algumas viaturas de 1/4 Ton. [Jipes] para o transporte e instrução. O armamento somente nos primeiros dias de novembro, começou a ser distribuído atrasando assim o início da instrução de tiro. O esforço foi voltado para o preparo físico e moral, tendo em vista que a mudança de ambiente, a vida em comum em grande acampamento, os problemas sexuais e outros estavam concorrendo para o afrouxamento dos laços disciplinares.

Nesta fase, foi feita uma nova inspeção de saúde visando as doenças venéreas e o tratamento odontológico. Oficiais e praças freqüentaram cursos de informações ministrados por oficiais americanos e curso de minas e armadilhas quer na área do estacionamento ou em Caserta. A tropa ficou acampada utilizando-se as barracas para 2 praças levadas do Brasil e que não apresentavam boa vedação a água. A alimentação toda americana não foi aceita inicialmente com agrado por parte dos praças. As condições de limpeza e higiene do acampamento, no do Esquadrão eram satisfatórias.

No dia 6 de novembro o Esquadrão recebeu ordens para apressar o recebimento de material de diversas procedências, tendo em vista o seu emprego imediato sem passar pela fase de readaptação e treinamento prevista. Dentro de uma semana, quase todo o equipamento achava-se nas mãos da tropa e praticamente sem a realização de exercícios de conjunto no âmbito do Pelotão. O esquadrão era dado como pronto para entrar em ação. As últimas viaturas e reconhecimento e transporte de rolamento misto foram entregues com [sic] 4 horas antes da partida do Esquadrão para a frente, recebidas da Companhia de Manutenção sem a devida revisão. Os morteiros 60 mm recebidos na véspera não foram utilizados em exercícios de tiro por absoluta carência de tempo, agravada a situação pelo fato de não ter ainda no Brasil, feito o emprego dessa arma, por falta de munição. Muito auxiliaram o recebimento desse material a ação de oficiais americanos e a capacidade da 1ª Companhia de Manutenção. O volume de material recebido ultrapassava a capacidade de transporte das viaturas orgânicas da unidade, daí a necessidade de se conseguir do G4 [Seção do Estado Maior responsável pela Logística, na FEB chefiado pelo Major Aguinaldo José Senna Campos], 2 viaturas de 2 1/2 toneladas para auxiliar o deslocamento.

Principalmente na parte de transmissão o aumento de acessórios e sobressalentes foi considerável. O espírito combativo da tropa era bom, mostrando-se o homem ansioso por entrar em ação. Não foi possível proporcionar a turmas de praças estágio na linha de frente, pois o 2º Pelotão que se encontrava a disposição do Destacamento General Zenóbio, nessa ocasião achava-se em reserva. No dia 13 de novembro os oficiais reconheceram a região de reunião, em Granaglione, e no dia 15 o Esquadrão, em 2 colunas, deslocava-se para Granaglione. No dia 16, o 2º Pelotão reuniu-se ao Esquadrão, continuando porém em Capugnano.

[A ação em Collechio-Fornovo]
Ligação:

Pelo rádio o Snr. Cmt. Da 1ª D.I.E., teve ordem de procurar, no Q.G. o G3 [Seção de Operações do Estado Maior, no caso da FEB, chefiada pelo Ten. Cel. Humberto de Alencar Castello Branco], para receber nova missão e esclarecer a situação do Esquadrão.

Perseguição
Passagem do Panaro

No dia 23, pela calma apresentada nas posições e por informações de civis sobre a retirada do inimigo, o 3º Pelotão foi lançado, às 11 horas, sobre Marano, tendo realizado a travessia, a vau, sem qualquer oposição. O grosso do Esquadrão reuni-se em Marano entrando mais tarde em ligação com a direita, com o III/11º R.I. e a esquerda II/6º R.I. Pela ordem transmitida pelo rádio, o Esq. aguardou em Marano nova missão, para o dia 24.

Ordem de descoberta nº 29 - (G2) [Seção de Informações do Estado Maior]

(Extrato)

I) - Situação:

a) - O inimigo retraiu-se do corte de Parano segundo o eixo:
1 - Vignola - Castelvetro - Sassuolo.
2 - Pavulo - Montesino - Prignano.

e) Tropa amiga:
Elementos da 897 T.D. [Tank Destroyers - batalhão norte-americano de Carros de Combate], agindo segundo o eixo Vignola-Fornigine atingiram no fim da jornada de 23 esta última localidade, levando os reconhecimentos a Sassuolo.

II - MISSÃO DO ESQUADRÃO

1) Lançar-se pelo eixo: Marano - Castelvetro - Sassuolo de modo a esclarecer, por meios de golpes de sonda, as transversais que vem a ter a este eixo por S.W.
2) Embora informações de que o inimigo tenha empregado destruição maciça ao longo do eixo: Marano - Croseta - Montesinoj - Pelegrineto - Malacoda - Ponte Nuova [sic] - cumpre lançar um elemento ligeiro afim de reconhecer o mesmo. Instalar-se em fim de jornada com o grosso na região de Ponte Nuovo. O 2º Pelotão deu diversos golpes de sonda e pelas informações colhidas, a zona achava-se completamente limpa de inimigo organizado. As 10 horas as vanguardas atingiram Sossuolo - Ponte Nuovo e entrou em ligação com elementos do Esquadrão de Reconhecimento da 34 D.I. [Divisão de Infantaria] Americana.

Prisioneiros

Foram feitos quatro prisioneiros na região de Ponte Nuovo. Não se constatando a presença de inimigo organizado, o 1º Pelotão foi lançado para Cavalgrande - Scandiano e reconhecer região de M. Evangelo - Montebabbio - Castellarano - reunindo-se em Ponte Nuovo com o grosso do Esquadrão.

Transposição do Enza

As 15 horas de 24, o Esquadrão recebeu em Ponte Nuova, a ordem de Descoberta nº 30.

I – Situação

a) O inimigo dispõe dos restos das Divisões 232 – 114 – 334 que foram batidas pelo IVº Corpo.
É possível encontro com resistências retardadoras.

b) Tropa amiga:

A D.I.E. prosseguirá na ofensiva para NE devendo atingir no fim da jornada de hoje as margens E da Torrente Tresinaro.

II – MISSÃO DO ESQUADRÃO:

Descoberta do eixo – Sassuolo – Scandiano – Albinea – Quatro Castelo – atingindo em primeiro lanço a transversal Reggio – Casloa, reconhecer a estrada número 63, de albinea [sic] a Casina e levar a descoberta ao corte da Torrente Enza, ocupando a ponte S. Polo, sobre a mesma.

III – LIGAÇÕES E TRANSMISSÃO-

Pelo rádio posto a posto, em escuta permanente; informação mesmo negativa nas horas cheias.

IV – EXECUÇÃO – Imediata -

O movimento foi iniciado às 16 horas.

O 1º Pelotão continuou na vanguarda e as 17 horas informava que tropas americanas já se encontravam em contato com uma resistência em Vassano, na estrada 63, entre Casino e Albinea.

Em vista da situação, o comandante do Esquadrão resolveu continuar a missão diretamente sobre S. Polo d’Enza, não realizando o reconhecimento de Cassina.

O 2º Pelotão ultrapassou o 1º Pelotão que se reagrupou nas proximidades de S. Polo e o 3º Pelotão foi lançado sobre Bebiano, de onde saíra uma coluna inimiga em direção a Montecchio de Emilia – O esquadrão passou a noite de 24 para 25 guardando as passagens de S. Polo Enza.

Ação em Parma – No dia 25 o 1º Pelotão foi lançado sobre Traversetolo, ocupando [esta?] localidade e vigiando as saídas para Parma e Laghirano. Uma patrulha, comandado [sic] pelo próprio comandante do Esquadrão esteve em Panocchio e Laghirano, onde estabeleceu ligação com chefes dos partesanos [sic] e com oficiais ingleses pára-quedistas que afiam com os combatentes italianos. Informações foram prestadas sobre presença de alemães em Colecchio e o deslocamento de 2 batalhões de Berceto para Fornovo.

A ordem de descoberta nº 31 de 25, recebida às 14 horas, em S. Polo d’Enza, previa os reconhecimentos já realizados em Laghiano e como a zona compreendida entre o Enzo e o Parma estava livre do inimigo, o Esquadrão foi lançado para a região de Porpurano e entrou em ligação com o Esquadrão de Reconhecimento da 34 D.I. (americana) – o 3º Pelotão foi reconhecer as orlas de Parma e atacou, com elementos a pé, um posto avançado inimigo que foi dominado, tendo os alemães as seguintes baixas:

Prisioneiro..............1
Morto..............1
Ferido..............1

Essa ação concorreu para facilitar a progressão da infantaria da 34 D.I.

AÇÃO DE VANGUARDA EM COLLECCHIO

Por oficial de ligação do G2 [Informações], o Esquadrão recebeu as 12 horas do dia 26, ordem para se lançar sobre Collecchio, para guardar as passagens do Taro –

O Esquadrão cumpriu a missão, com o 3º Pelotão em vanguarda pelo eixo:

Proporano – Gaione – S. Martino –

Ao atingir as orlas de Collecchio o 3º Pelotão foi detido por fogos de a.a. e carros de reconhecimento inimigos.
O 2º Pelotão desbordou pelo flanco esquerdo, tentando penetrar na cidade, sendo repelido por forte fogo de carros blindados.

O 1º Pelotão em reserva guardando a estrada para Sala Baganza.

Uma patrulha do 2º Pelotão tentou o flanqueamento de Collecchio e entrou em ligação em Vino Fertili, com uma Cia. de Infantaria americana.

O contato foi mantido e o Esquadrão foi reforçado inicialmente às 16 horas por uma Companhia do III/6º R.I. transportada em viatura e às 18 por elementos do II/11º R.I.

Às 17 horas os 2º e 3º Pelotões protegidos por elementos do 11º R.I. e do 6º R.I. penetraram na cidade, retirando-se para as orlas da cidade.

A Sec. de Eng. Nessa jornada organizou a defesa de Sola Bagaza, auxiliando a defesa do flanco do Esquadrão, tendo preparado a estrada para destruição.

No dia 27, o Esquadrão auxiliou a dominar um núcleo de resistência em Collecchio.

Às 9 horas o G2 da 1ª D.I.E. [Ten. Cel. Amaury Kruel] pessoalmente transmitiu, verbalmente, a nova missão do Esquadrão.
“Um destacamento de descoberta, formado por uma Cia.de Infantaria do 1º Regimento de Infantaria, o Esquadrão de Reconhecimento – uma Sec. de Engenharia, deveria se deslocar para a região de Castel de S. Giovani para guardar a ponte do rio Pó; lançar patrulhas para Borgonoro; aprisionar elementos inimigos dispersos”.

Foi marcada uma região de reunião na ponte de Taro, estrada número 10 e o Esquadrão deslocou-se às 10 horas de Collecchio. Somente às 14 horas apresentou-se o Major Comandante do Destacamento que ao tomar as primeiras providências, no ponto reunião recebeu ordem, com nova missão ao Esquadrão.

“Remanescente [sic] inimigos, batidos em Collecchio, retiram-se apressadamente pelo eixo Fornovo-Noceto.

Deveis interromper missão e lançar-se imediatamente sobre o eixo Castelguelfo – Noceto – Fornovo de maneira a exterminar o inimigo que desordenado retira-se na direçào da via Emilia”.

Imediatamente, o Esquadrão lançou-se em 2 colunas, deixando o T.C. em Ponte de Taro.

1) – Grosso – pelo eixo Noceto – Medesano – 1º e 3º Pelts.
2) – Flanco guarda – 2º Pel. pelo eixo Stradela – Belicchi – Medesano.

Foi estabelecido ligação com carros de combate americanos, na altura de Noceto e nas saídas de Medesano para Felegara, o 3º Pel., vanguarda foi hostilizado com fogos de a.a. – o 1º Pel. foi lançado pelo eixo de S. Andre, no flanco direito e chegando a essa localidade onde se entregaram cerca de 800 prisioneiros.

Em Medesano 3º e 2º Pelotões apeiaram para o combate as 22 horas as resistências reveladas foram vencidas.
Prisioneiros

Em Medesao..............120
Em S.Andre..............800
Feridos..............12

Além disso grande quantidade de armamento foi capturado, que por falta de tempo e de pessoal não foi avaliado.
Uma casa foi incendiada pelo fogo dos M 8

- Noite de 27/28 – O esquadrão permanceu patrulhando as saídas para Flegara e o Vale do Rio Taro.

Na manhã de 28, o Esq. Montou uma ação sobre Felegara com o seguinte dispositivo:

2º Pel. – no eixo Medesano-Felegara.
1º Pel. – de S. Andre para Felegara.
3º Pel. – de reserva no eixo Medesano, Felegara.

Na entrada de Felegara o 2º Pelotao entrou em contato, não podendo prosseguir pela ameaça de envolvimento no flanco esquerdo e por resistência revelada nas elevações a N de Felegara – o 3º Pel. foi lançado no flanco esquerdo, vale do Taro e 1 Pel. da 7ª Cia. do III/6º R.I. foi transportado de Medesano para a região, progredindo pelas alturas.

Os alemães se retiraram, deixando grande quantidade de armamento (Mtrs. Anti-carros [sic]-fuzis), 5 viaturas automóveis e viaturas hipomóveis, animais. Foram feitos cerca de 30 prisioneiros.

O Esquadrão sofreu as seguintes baixas: -
Feridos
Soldado..............1

Viatura incendiada
M 8..............1

Essa viatura foi atingida por um tiro de “lança rojão” na entrada de Felegara. A guarnição, sob o apoio de outro M 8, abandonou-a sem maiores conseqüências.

O Esquadrão reuniu-se em Felegara e uma patrulha a pé teve contato na estrada de Fornovo. A 7ª Cia. do III/6º R.I. cerrou sobre o Esquadrão.

Para a jornada de 29, o Esquadrão recebeu a seguinte ordem:
“Retomar a progressão, para ocupar Croceta e entrar em ligação com o 6º R.I., em Fornovo; lançar elementos de captura de prisioneiros sobre Varano e estrada que passa por Rubiano”.

A noite de 28 para 29, transcorreu sem qualquer alteração e na manhã de 29 às 10 horas, quando o Esquadrão se preparava para continuar a missão, apoiado pela Cia. de Infantaria, foi procurado por um Coronel alemão acompanhado de um Capitão para entrar entendimento sobre a suspensão da luta naquele setor. Encaminhados os parlamentares ao P.C. do III/6º R.I., em Collecchio entendimentos já estavam se realizando para a rendiçào da 148ª Divisão Alemã e os remanescentes da Divisão Itália.

Os parlamentares retornaram as linhas alemãs e toda atividade cessou na frente de Felegara.

Às 14 horas o Esquadrão deslocou-se menos o Pel. Extra que permaneceu em Ponte de Taro, para Collecchio com o objetivo de colocar a retaguarda da 148ª D. Alemã, para protege-la de ataques de partesanos e entrar em ligação com as vanguardas das tropas americanas.

O Snr. Chefe do E.M. determinou que somente um pelotão (1º Pelotão) acompanhasse o comandante do Esquadrão, a Fornovo, onde se realizaram entendimento com o Chefe do E.M. da Divisão Alemã, sobre a ação dos partisanos, que ignorando a suspensão das hostilidades continuavam atacando as retaguardas. Foram realizadas outrossim, ligações com chefe dos partesanos e ainda 150 prisioneiros alemães foram devolvidos pelos italianos, a 148ª Divisão, sob a responsabilidade do Comandante do Esquadrão.

O 3º Pelotão pernoitou em Fornovo, e o comandante do Esquadrão é chamado às duas horas do dia 30 para receber nova missão no Q.G. em Montecchio.

(...)

2 comentários:

  1. Lendo esse relatório onde tantas vezes é citado o Sexto RI,não tem como eu não me emocionar sabendo que meu pai fez parte desses acontecimentos.

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    1. Que legal. Seu pai lutou pela liberdade no mundo. Pode ter certeza que ajudou muita gente.

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